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17 de jul. de 2016

Turquia prende 2.745 juízes e promotores após golpe fracassado

As autoridades da Turquia ordenaram neste sábado a prisão de 2.745 juízes e promotores, após a tentativa de golpe militar, disse a emissora NTV, à medida em que o governo segue com punições a suspeitos de seguirem o clérigo Fethullah Gulen, que mora nos Estados Unidos; o presidente Tayyip Erdogan afirmou que os seguidores de Gulen estão por trás do golpe.
Com Brasil 247.

2 de mar. de 2016

Seminário sobre improbidade administrativa começa nesta quarta-feira (2)

“Improbidade Administrativa e Crimes Contra a Administração Pública”: Este é o tema do seminário que será aberto na manhã desta quarta-feira (2), no Fórum Desembargador Sarney Costa. Na pauta, a uniformização de conhecimento e entendimento sobre a temática, que será apresentada e proposta através de palestras e debates com especialistas sobre o assunto, magistrados de 1º e 2º grau, e o Ministro Mauro Luiz Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça.

Na abertura do evento, a palestra “Combate à Corrupção”, que será ministrada por Nicolao Dino de Castro e Costa Neto, da Procuradoria Geral da República. Na presidência desta mesa de debates o desembargador Cleones Cunha, Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, tendo como debatedor o desembargador Jamil Gedeon, Diretor da Escola Superior da Magistratura do Maranhão. A corregedora-geral da Justiça, desembargadora Anildes Cruz, também participará da abertura do seminário.

Outros temas abordados serão: “Corrupção e Desenvolvimento Humano”, com o juiz Douglas Martins; “Aspectos Práticos e Processuais Relativos à Tramitação e Instrução da Ação de Improbidade”, com o renomado advogado Fábio Medina Osório; “Fraude à Licitação”, com o Procurador do Estado do Rio de Janeiro Flávio Amaral Garcia; “Ação de Improbidade Embasada nos Acórdãos do TCE”, com o Procurador do TCE Maranhão Jairo Cavalcanti Vieira; “Execuções de Acórdãos do TCE”, com o promotor de Justiça Cláudio Rebêlo Alencar; e “Aspectos Controvertidos da Lei de Improbidade Administrativa na Visão do STJ”, com o Ministro Mauro Luiz Campbell Marques, do STJ.

Combate à Corrupção - O seminário “Improbidade Administrativa e Crimes Contra a Administração Pública” é uma iniciativa do movimento “Maranhão Contra a Corrupção”, que integra membros da magistratura, do Ministério Público do Estado do Maranhão e do Ministério Público de Contas, visando à adoção de medidas que possam minimizar os efeitos da corrupção no espaço publico do Estado do Maranhão.

O grupo que compõe o movimento concentra suas energias em medidas de prevenção e responsabilização por atos de improbidade na gestão de recursos públicos. A atuação consiste na elaboração, execução e colaboração em projetos institucionais e sociais voltados à plena eficácia dos mecanismos de prevenção da corrupção. “É uma ação que envolve atores do Judiciário convencidos de que o combate à corrupção é uma importante medida de prevenção a violação dos direitos humanos”, ressalta Mirella Freitas, juíza titular da 2ª Vara de Itapecuru Mirim e integrante do movimento e da comissão do seminário.

O seminário, que vai até o dia 4 de março, é uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Maranhão, Corregedoria Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura do Maranhão, Procuradoria Geral de Justiça, Escola do Ministério Público e respectivas associações de classe da Magistratura e Ministério Público.
Sugestão de pauta: Paulo Humberto Castelo Branco.
Da assessoria.
Enviado por Eri Santos Castro.
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29 de fev. de 2016

Pai do juiz Sérgio Moro foi um dos fundadores do PSDB

Pai de Sérgio Moro foi um dos fundadores do PSDB em Maringá Paraná e egresso dos quadros da ARENA, partido político que apoiava a Ditadura.

O Diário do Centro do Mundo (DCM) veiculou neste mês de janeiro uma oportuna e interessante matéria sob o título “Retrato do juiz Sérgio Moro quando jovem”. Durante cerca de setenta dias dois repórteres do DCM percorreram Maringá, Ponta Grossa e Curitiba tentando entrevistar e obter informações sobre a trajetória, desde a infância, do controvertido personagem, uma nova estrela do judiciário brasileiro, transformado em “herói” pelos integrantes dos protestos que pedem o impeachment da presidente Dilma. Moro é hoje, não há qualquer dúvida, o ídolo maior da direita brasileira, tratado a “pão de ló” pela grande imprensa golpista, a PIG, que tem na Folha de São Paulo, no Estadão, na Veja e na rede Globo seu núcleo “de aço”. Por outro lado, um importante grupo de advogados constitucionalistas e criminalistas lançaram recentemente um manifesto acusando Moro de ignorar o princípio de presunção de inocência, de vazamento seletivo de informações, de execração pública dos réus que estão transformando a “lava Jato” num verdadeiro tribunal inquisitorial, de exceção.

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Os repórteres do DCM queixaram-se das dificuldades que os acompanharam ao longo de seu trabalho: os familiares, amigos, vizinhos e colegas estavam orientados para manter silêncio. Sérgio Moro recusou-se a dar entrevista ao DCM. A sua mãe justificou: “ele não dá entrevista para qualquer um, tem amigos na Folha de São Paulo, Estadão, Veja e o Globo para falar quando quiser”.

O objetivo da reportagem do DCM era conhecer a experiência de vida do juiz, sua orientação religiosa e política, prática de esportes, rotinas do dia a dia. Foram feitas, ou pelo menos tentadas, dezenas e dezenas de entrevistas com familiares, ex-colegas, colegas atuais, professores, ex-professores, integrantes e professores da turma de 1996 da Faculdade de Direito de Maringá, além de um ex-patrão o advogado Irivaldo Joaquim de Souza, assessores de imprensa do judiciário federal e com seus alunos da Universidade Federal do Paraná. Sérgio Moro foi um aluno discreto, não laureado como já foi algumas vezes erroneamente noticiado, tímido, o oposto do tipo namorador.

Sérgio Moro pertence a uma típica família tradicional de Maringá, sócio do Country Club da cidade, entidade cujo título atinge o valor de 30 mil reais. Estudou entre os 6 e os 16 anos num colégio de freiras carmelitas espanholas onde tinha fama de aluno muito aplicado. Andou de busão pela primeira vez ao começar a frequentar a faculdade, aos 18 anos. Religioso ao extremo, mãe carola. Idolatrava o pai, falecido em 2005, um professor muito respeitado, homem conservador, apoiador da ditadura, fundador e militante do PSDB de Maringá, que foi formado majoritariamente por quadros egressos da ARENA. O próprio Moro recentemente prestigiou um evento promovido pelo PSDB em companhia de João Dória. Sua esposa trabalhou como assessora jurídica do gabinete do governador José Richa (PSDB do Paraná).

Apesar das dificuldades que os repórteres do DCM encontraram, a matéria é bastante elucidativa. Não surpreende, revela o que a gente imaginava o que Moro é: o típico juiz originário de uma cidade do interior, de família tradicional, com formação religiosa, conservador. O clássico personagem que interessa à grande mídia promover para atacar, enfraquecer e se possível destruir partidos populares, taxados de “populistas” pela oligarquia, que não tolera a existência de voz contrária à crescente concentração da renda e da riqueza do país. A oligarquia e o seu braço, a grande mídia, defendem intransigentemente o “império do Deus Mercado” que resultou nesta brutal desigualdade: 70 milhões de pessoas (1% da população do planeta) tem a mesma renda que os restantes 99%, ou seja, que mais de 7 bilhões de pessoas! E não estão satisfeitos, querem ainda mais!

Do DCM.
Enviado por Eri Santos Castro.
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9 de dez. de 2014

Juiz que deu voz de prisão ao não entrar em voo já usou escravos duas vezes

Atendentes da TAM receberam voz de prisão do juiz Marcelo Baldochi e foram conduzidos à Polícia Civil, em Imperatriz (MA), na noite deste sábado (6). O motivo: após chegar atrasado, o juiz não foi autorizado a embarcar em um voo que partia para Ribeirão Preto (SP).
De acordo com depoimento de funcionários do aeroporto a este blog e segundo um vídeo que está circulando na rede, inconformado com o que seria um desrespeito ao seu “direito de consumidor'', o juiz mandou prender os trabalhadores. A TAM disse, em nota, que segue os procedimentos de embarque previsto na legislação. O blog não conseguiu contato com o juiz ou com o delegado até o momento de publicação deste post. Os três funcionários foram liberados.
Mesmo tendo sido formalmente abolida, a escravidão está tão enraizada em nossas fundações que ainda rege as relações sociais por aqui. No mundo do trabalho, sabemos quem manda e quem obedece. E as consequências de não seguir à risca os papeis atribuídos a cada um.

19 de nov. de 2014

Greve continua no Judiciário por dignidade e auditoria

CALOTE NÃO! Concentração dos servidores do JUDICIÁRIO para a grande caminhada em defesa da democracia, transparência e auditoria pública do Conselho Nacional de Justiça - CNJ na administração financeira do Tribunal de Justiça do Maranhão.

24 de set. de 2014

Juízes do Maranhão criticam uso de vídeo para fazer terrorismo eleitoral

A Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) divulgou nesta terça-feira (23) uma nota em que critica a “divulgação de calúnias ou notícias inverídicas” e “vídeos disseminando o terror e falsas acusações”.
A nota foi divulgada após a TV Difusora, do candidato Edinho Lobão, reproduzir um falso vídeo em que uma pessoa não identificada tenta acusar Flávio Dino de estar por trás de ataques no Maranhão. O vídeo, postado do Chile, surgiu nas redes ontem, por apoiadores de Edinho, poucas horas depois de o candidato afirmar na TV de Roseana que há uma “origem político-eleitoral” por trás da crise de Pedrinhas.
A AMMA diz que “assiste com preocupação a utilização para fins eleitorais dos recentes episódios de violência ocorridos em São Luís, com declarações, panfletos e vídeos disseminando o terror e falsas acusações”.
A associação que reúne juízes acrescenta que “a divulgação de calúnias ou notícias inverídicas não contribui com a democracia e nem tampouco solucionará os graves problemas do estado. Eleição não é um jogo de vale-tudo, portanto, os fins não podem justificar os meios”.
Leia abaixo a íntegra da nota da Associação dos Magistrados do Maranhão:
NOTA PÚBLICA
A Associação dos Magistrados do Maranhão – AMMA assiste com preocupação a utilização para fins eleitorais dos recentes episódios de violência ocorridos em São Luís, com declarações, panfletos e vídeos disseminando o terror e falsas acusações.
A eleição é o ápice do processo democrático e o período eleitoral é o momento oportuno para o debate de ideias e formulação de propostas, o que, no caso do Maranhão, implica necessariamente na discussão sobre formas de combater a violência urbana e a grave situação carcerária, temas diretamente ligados, e que têm se agravado ao longo dos últimos doze meses.
A divulgação de calúnias ou notícias inverídicas não contribui com a democracia e nem tampouco solucionará os graves problemas do estado. Eleição não é um jogo de vale-tudo, portanto, os fins não podem justificar os meios.
A AMMA, ciente que os Magistrados são agentes indispensáveis à transparência do processo eleitoral, reafirma a sua confiança no compromisso desses homens e mulheres, ao tempo em que exorta a todos com jurisdição eleitoral a se manterem vigilantes a fim de garantir que o pleito que se avizinha transcorra com serenidade e que, ao final, vença a democracia!
São Luís, 23 de setembro de 2014
JUIZ GERVÁSIO SANTOS
PRESIDENTE DA AMMA

5 de ago. de 2014

O Judiciário no banco dos réus

Chega às bancas de todo o Brasil e na loja virtual o especial "O Judiciário", de Caros Amigos. Reportagens, artigo e entrevistas focam o poder da Justiça, seus gargalos e (alguns) avanços: a mão de ferro sobre pobres e negros; as deficiências das Defensorias Públicas, que atendem aos pobres; a necessidade de maior democratização; o perfil pós-Constituição Cidadã, que exige deste poder maior proximidade com os debates sociais e minorias; seu papel na atual repressão a movimentos sociais e manifestantes; os efeitos da exposição de juízes e cortes na mídia e em transmissões ao vivo; a atuação do Ministério Público e a justiça restaurativa, uma alternativa à punição que ganha espaço no Brasil e em todo o mundo. Confira mais do especial no link: http://migre.me/kHjT1

1 de fev. de 2014

Juízes lançam carta aberta ao Comitê da Crise Carcerária

Os juízes Carlos Roberto Gomes de Oliveira Paula (foto), Auxiliar da 1.ª Vara de Execuções Penais, e José dos Santos Costa, titular da 2.ª Vara da Infância e Juventude de São Luís, protocolaram nesta sexta-feira (31), no Gabinete Civil da Governadora Roseana Sarney, o documento intitulado “Carta Aberta ao Comitê da Crise Carcerária”, por meio do qual alertam para a ineficácia, a curto prazo, das medidas que foram anunciadas pelo Comitê para conter a violência, mortes e fugas no sistema prisional de São Luís.

Os magistrados mostram dados da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do ano de 2014, os quais confirmam o déficit de vagas no sistema penitenciário. Na avaliação de Roberto de Paula e José Costa, o mutirão carcerário em curso é válido e importante, mas não vai minimizar esse excedente.

Os dois juízes afirmam no documento que a resolução do impasse deve ser pela prevenção de novas mortes e chacinas, bem como pela minimização do desrespeito brutal aos direitos humanos que vem ocorrendo no sistema carcerário. Eles elencam sugestões para minimizar a crise, dentre as quais, destinar a Penitenciária Feminina, com capacidade para 210 vagas, para presos do sexo masculino, pelo prazo de seis meses.

Também sugerem a realização de mutirão carcerário com a finalidade específica de apreciar a substituição, sempre que possível, da prisão preventiva por “outras medidas cautelares alternativas”, para, pelo menos, 150 presos provisórios; concluir com urgência a reforma da Cadet, cuja capacidade é de 400 presos e abriga atualmente 203, de forma que passe a atender mais 197 presos; criação imediata da Vara das Garantias na Comarca da Ilha (antiga Central de Inquérito) para análise e filtragem das prisões em flagrante; adaptar urgentemente as carceragens das delegacias de polícia do interior, transformando-as em unidades prisionais de ressocialização, sob gestão da Sejap e realizar imediatamente concurso público para agentes e servidores do sistema penitenciário. 

Os magistrados encerram o documento destacando que somente a adoção de medidas urgentes para reduzir a superpopulação carcerária evitará mais violência, fugas e mortes.

Abaixo, segue a Carta na íntegra:


CARTA ABERTA AO COMITÊ DA CRISE CARCERÁRIA


Senhores Membros,
É preocupante a eficácia e exequibilidade das medidas anunciadas pelo Comitê da Crise Carcerária para conter a violência, mortes e fugas no sistema prisional da capital a curto prazo.
Segundo dados da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária – Sejap, de 2014, a capacidade dos presídios masculinos da capital é para 1.897 vagas e hoje tem-se, aproximadamente, 2.535 presos, sendo 1.464 provisórios e 1.071 definitivos, logo, uma população carcerária excedente ou déficit de 638 vagas. No Estado, a população carcerária, inclusive feminina, é de 4.763 para 3.607 vagas, com déficit de 1.156 vagas.
Registre-se que essa capacidade é superestimada, pois a alínea “b” do parágrafo único do art. 88 da Lei de Execução Penal-LEP estabelece o espaço mínimo de seis metros quadrados por preso. No Centro de Detenção Provisória, por exemplo, há 49 celas, cada uma com 13,40 metros quadrados e oito pedras que servem de cama, ou seja, a capacidade estabelecida pela Sejap é para 410 detentos, enquanto pelo número de “pedras” seria 392 e pelo critério legal, 109. Atualmente, 655 presos ocupam esse espaço, 245 acima da capacidade estabelecida pela Sejap e 546 além do que estabelece a LEP.
Para superar a crise no sistema prisional, o Governo do Estado editou em 10 de outubro de 2013 decreto de emergência, apresentando algumas propostas, dentre as quais a construção e reforma de unidades prisionais. Três meses depois (em janeiro deste ano) criou o Comitê de Gerenciamento da Crise, reafirmando essas medidas e incluindo, dentre outras, a realização de mutirão carcerário.
Segundo o governo estadual, serão investidos mais de R$ 131 milhões no reaparelhamento do sistema penitenciário. Entre as medidas encaminhadas está a construção de um presídio de segurança máxima em São Luís, com 150 vagas, reforma e ampliação das unidades de Coroatá (150 vagas), Codó e Balsas (200 vagas em cada uma). Um presídio em Imperatriz, com 250 vagas. O secretário da Sejap anunciou que em seis meses, com essas e outras obras, irá zerar o déficit de vagas no sistema prisional do Estado.
Essas medidas são inexequíveis a curto prazo. A maior unidade prisional, que poderia abrigar parte desse excedente, é a de Ressocialização de Imperatriz, com capacidade para 250 presos, que se encontra com as obras paralisadas e certamente não ficará pronta em menos de seis meses. Diga-se: para construção de presídio não basta boa vontade, decreto ou sentença! O Plano de Emergência de 180 dias, decretado em 10 de outubro do ano passado, também tinha essa proposta de construções e reformas. Decorreram-se 120 dias e o que foi feito? Por outro lado, a construção de presídios regionais está enfrentando a resistência e a oposição local, como em Balsas. A experiência mostra que a população aceita pequena unidade prisional para aqueles que cometam crimes em seu município.
O mutirão carcerário em curso é válido e importante, mas não vai minimizar esse excedente. É que a finalidade do atual mutirão cinge-se à apreciação da legalidade das prisões e à tentativa de pacificação do ambiente carcerário, com informações diretas aos detentos da realidade formal de sua prisão ou, quando muito, se houver julgamento, convertê-los de “provisórios” em “definitivos”.
Registre-se que em setembro de 2013 a Unidade de Monitoramento do Sistema Carcerário do TJMA realizou mutirão de presos provisórios e definitivos no Estado e, nas correições ordinárias deste ano, ocorridas durante o recesso judiciário, todos os juízes da área criminal foram orientados a reexaminar a situação dos seus presos, sem maior impacto na superação desse excedente. Tem sido também relevante o trabalho da Defensoria Pública, do Ministério Público e da assistência jurídica da Sejap no atendimento dos encarcerados.
Acrescente-se que a motivação predominante da violência e mortes entre os detentos não é a prisão ilegal. Percebe-se que é pela superlotação insuportável que ofende e brutaliza o ser humano, submetendo-os às disputas de facções criminosas.
Por outro lado, são presos em flagrante aproximadamente 15 pessoas por dia, sendo a maioria das prisões convertida em preventivas e, raramente, são aplicadas medidas cautelares alternativas.
Sem resposta ao excesso de presos ou déficit de vagas (urgente criação de vagas ou liberação de presos), teme-se que apenas a presença da Força Nacional e da Polícia Militar seja suficiente para evitar mais mortes, fugas e desrespeito a direitos humanos.
Constata-se, portanto, um impasse: ou fica-se com o Estado Democrático de Direito, observando-se a necessidade de humanização dos presídios e de prevenção urgente de mais mortes e até de chacinas, quiçá de um “Carandiru”; ou fica-se com o discurso fácil e demagógico de que “as mortes não passam de disputa de facções e nada devemos fazer para prevenir”. Optar pela segunda alternativa fortalece a possibilidade de intervenção, de impeachment ou federalização dos crimes contra os direitos humanos no ambiente carcerário.
A resolução do impasse deve ser pela prevenção de novas mortes e chacinas, bem como pela minimização do desrespeito brutal a direitos humanos que vem ocorrendo no sistema carcerário.
É nesse sentido que, percebendo a impossibilidade de criação a curto prazo de vagas para atender o contingente de 638 presos, se sugere a adoção das seguintes medidas:
1) Destinar a Penitenciária Feminina, com capacidade para 210 vagas, para presos do sexo masculino, pelo prazo de seis meses;
2) Converter as prisões definitivas das mulheres em “prisão domiciliar” e as prisões provisórias em “recolhimento domiciliar” ou outra medida cautelar alternativa, com a fiscalização pela Sejap, através do Núcleo de Monitoramento ao Egresso-Numeg;
3) Destinar a Casa de Albergado da Rua do Sol (CAAE) para as mulheres que descumprirem as exigências da “prisão domiciliar” ou de “recolhimento domiciliar” e para aquelas que vierem a ser presas provisoriamente, pelo prazo de seis meses;
4) Conceder aos 114 apenados em regime semiaberto, com saída diária para o trabalho, da unidade prisional do Monte Castelo, com capacidade para 80 vagas, o “recolhimento domiciliar”, com a fiscalização pela Sejap, através do Núcleo de Monitoramento ao Egresso-Numeg;
5) Realizar mutirão carcerário com a finalidade específica de apreciar a substituição, sempre que possível, da prisão preventiva por “outras medidas cautelares alternativas”, para, pelo menos, 150 presos provisórios;
6) Concluir com urgência a reforma da Cadet, cuja capacidade é de 400 presos e abriga atualmente 203, para atender mais 197 presos;
7) Criar imediatamente a Vara das Garantias na Comarca da Ilha (antiga Central de Inquérito) para análise e filtragem das prisões em flagrante;
8) Adaptar urgentemente as carceragens das delegacias de polícia do interior, transformando-as em unidades prisionais de ressocialização, sob gestão da Sejap;
9) Convocar imediatamente concurso público para agentes e servidores do sistema penitenciário.
Somente a adoção de medidas urgentes para reduzir a superpopulação carcerária evitará mais violência, fugas e mortes.

São Luís, 31 de janeiro de 2014.

José dos Santos Costa

Carlos Roberto Gomes de Oliveira Paula
Juiz Auxiliar da 1.ª Vara de Execuções Penais

Do Blogue Jorge Vieira, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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3 de jan. de 2014

Judiciário: O único poder sobrevivente da monarquia, ilegítimo e antidemocrático

 Jorge Moreno
O único poder sobrevivente da monarquia, ilegítimo e antidemocrático, precisa ser refeito para se adequar ao Estado Democrático de Direito. Debate inevitável: quando a sociedade fará isso? Até quando se aceitará que pessoas, escolhidas por "apadrinhamento", continuem legislando e julgando a bel-prazer? Só existe hoje no país um poder que descredibiliza a democracia, chama-se judiciário. Os outros, são fáceis de corrigir. O judiciário precisa ser enfrentado pela sociedade, refundando-o, em bases democráticas e sujeito ao soberano. Leia, comente e divulgue!!!

24 de set. de 2013

CNJ aposenta compulsoriamente Megbel Abdalla. E se fosse um ladrão de galinhas, o que aconteceria?

O Conselho Nacional de Justiça acaba de aposentar compulsoriamente o desembargador Megbel Abdalla, por irregularidade na concessão de liminares. A sessão do CNJ decidiu ainda afastar de suas funções o juiz José Raimundo Sampaio por motivo semelhante.

 processo contra o desembargador foi instaurado após uma correição do CNJ que constatou uma série de irregularidades na Vara que atuava

Entre outras acusações, pesa contra Megbel a autorização para o governo Roseana Sarney (PMDB) se apropriar dos recursos que o governador Jackson Lago (PDT) destinou às prefeituras para execução de obras.

Já o afastamento do o juiz, entre outras coisas, foi motivado pela concessão de indenização milionária contra uma empresa de transporte aéreo.

Com Blogue de Jorge Vieira, confira aqui!
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23 de set. de 2013

Zé Dirceu foi condenado sem provas, diz Ives Gandra

Zé Dirceu

O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas. A teoria do domínio do fato foi adotada de forma inédita pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para condená-lo.
Sua adoção traz uma insegurança jurídica “monumental”: a partir de agora, mesmo um inocente pode ser condenado com base apenas em presunções e indícios.
Quem diz isso não é um petista fiel ao principal réu do mensalão. E sim o jurista Ives Gandra Martins, 78, que se situa no polo oposto do espectro político e divergiu “sempre e muito” de Dirceu.
Com 56 anos de advocacia e dezenas de livros publicados, inclusive em parceria com alguns ministros do STF, Gandra, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, diz que o julgamento do escândalo do mensalão tem dois lados.
VEJA MATÉRIA COMPLETA COM MÔNICA BERGAMO, NA FOLHA, AQUI.
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18 de set. de 2013

Se o processo for julgado a governadora será cassada, assegura deputado


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou inconstitucional o Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), que permite a cassação de mandatos eletivos, no processo do deputado federal Assis Carvalho (PI). O caso repercutiu na Assembleia Legislativa porque abre precedente para que o mesmo aconteça com 11 governadores do país, incluindo a governadora Roseana Sarney.

Durante a sessão (18), o deputado estadual Rubens Jr. relembrou que o mesmo RCED que cassou o ex-governador Jackson Lago deverá cassar o mandato de Roseana Sarney. “Como o TSE pode explicar que um mesmo recurso valeu para cassar o governador Jackson Lago e agora não valerá mais para Roseana?”, questionou Rubens, que também é advogado do processo que pede a cassação da governadora.

Por enquanto está mantido o parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, favorável à cassação da governadora Roseana. A previsão é de que até o final do ano o processo será julgado pelo TSE.

Da assessoria do gabinete deputado Rubens Jr. 
Enviado por Eri Santos castro.
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Chegou o meu dia, Ruy Barbosa! Sinto vergonha de ser honesto. Por Rodrigo Lago.



  1. "Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
    De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

    Ruy Barbosa, 14 de dezembro de 1914.

Luis Fernando não corre o risco de ser governador e ir para a sua reeleição no cargo em 2014

Decisão do TSE remete processo de cassação de Roseana para o TRE-MA julgar

Dois pesos e duas medidas...realmente mataram o Drº Jackson Lago. Qual a reparação a ser feita ao Drº Jackson? Será se esse pessoal conhece os princípios da KABBALAH!

De qualquer forma, Roseana Sarney e outros dez governadores ainda serão submetidos ao pleno do TSE, que decidirá pelo envio dos processos de cassação para os TREs
Roseana Sarney sorri, mas que ri por último sorri melhor. Que venha 2014!
Quatro dos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral, em sessão na noite de hoje (17), mudaram a jurisprudência para julgamento de Recurso Contra Expedição de Diploma, consideram inconstitucional o RDEC interposto pelo Democratas contra o deputado Francisco de Assis Carvalho Gonçalves (PT-PI), por abuso de poder econômico, e remeteram para o caso para Tribunal Regional Eleitoral do Piauí julgar. 

A decisão vai beneficiar diretamente os onze governadores que estavam esperando julgamento do TSE por compra de votos nas eleições de 2010, entre os quais a governadora Roseana Sarney (PMDB), que poderá ser julgada agora pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.     

A presidente Carmem Lúcia e o  vice-presidente do TSE, Marco Aurélio de Melo, disseram terem ficado atônitos com a mudança de jurisprudência após 25 anos de promulgação da Constituição e da cassação de vários governadores, inclusive do pedetista Jackson Lago.
“Estou atônito com essa mudança surpresa de jurisprudência do TSE. Depois de 25 anos o TSE mudou o entendimento de que não pode mais julgar RCED”, disse Marco Aurélio, após um bate boca com o relator do processo e responsável pela mudança, ministro Dias Toffoli.

Após o encerramento da sessão, os advogados que assinam o recursos de cassação da governadora Roseana vão solicitar ao relator do RCED, ministro Henrique Alves, leve o caso para ser deliberado pelo plenário, visto que dois ministro que votaram pela mudança da jurisprudência, Luciana Lócio ( julgou-se impedida) e Castro Meire (se aposenta amanhã) não farão mais parte do pleno.

Especialistas em legislação eleitoral observam, no entanto, que Henrique Alves pode despachar monocraticamente e, com base na decisão da noite de hoje, mandar para o TRE-MA se manifestar sobre o recurso que pede a cassação de Roseana por abuso de poder político e econômico.  

Com o Blogue do Jorge Vieira, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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15 de set. de 2013

A crucificação de Jesus foi uma decisão unânime da multidão. Nessa época não tinham embargos infringentes.

  • Se no tempo de Jesus coubessem embargos infringentes para o próprio povo, será que ele teria sido condenado de novo? Ah, esqueci, a culpa dele era tão evidente, e seus crimes tão graves, que a decisão da multidão pela crucificação foi unânime.