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26 de mai. de 2015

Cientista da NASA diz que podemos estar em uma Matrix criada por aliens

Rich Terrile poderia ser apenas mais um maluco com uma teoria a respeito do universo em que vivemos. Se esse fosse o caso, ele viraria notícia em sites de humor ou curiosidades, mas nada além. O problema é que o sujeito é diretor do Centro de Computação Evolucionária e Design Automativo no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Ou seja, ele pode saber do que está falando.
Qual é a teoria? Segundo Rich, vivemos em uma simulação controlada por uma espécie de "programador", em uma espécie de Matrix. Porém, nada de agentes ou Neo: o responsável pelo controle seria do futuro. A explicação é que a Lei de Moore, que cita a evolução no processamento de máquinas (ele dobra a cada dois anos) permite que isso seja teoricamente possível em algum momento.
O tal simulador seria capaz de criar a nossa realidade e simular o curso da humanidade por vários motivos, desde pura diversão até recriar momentos da História. O poder é tanto que ele seria capaz de controlar todas as bilhões de pessoas que vivem no mundo e fazer com que todas sintam, ajam e nunca desconfiem que estão sob controle. Por mais maluco que isso pareça, filósofos e outros cientistas, como Nick Bostrom, chefe do Oxford University Future of Humanity Institute, começaram a encarar esse conceito como algo possível.
Pegando a pílula azul
Em entrevista ao site VICE, Terrile afirma que nossa consciência é algo "mágico" e bem arquitetado demais para não ser fruto de uma simulação por computador. Segundo ele, a consciência pode ser passada para uma máquina em até trinta anos utilizando engenharia reversa em nosso cérebro ou evoluindo os circuitos a ponto de chegarem em nossa velocidade de sinapses.
"O mundo natural se comporta exatamente da mesma forma que o ambiente de Grand Theft Auto IV", viaja o cientista, afirmando que já estamos avançados em termos de simulação no sentido de fazer com que enxerguemos somente "o que precisamos ver quando precisamos ver". Ele ainda acredita em uma partícula fundamental e indivisível que é capaz tanto de gerar o universo de verdade quanto o simulado, criando um paralelo matemático que possibilita uma Matrix equivalente e realista.
"Eu encontro grande inspiração nisso [a teoria] e vou contar o porquê: ela me diz que estamos à beira de construir um universo simulado e que ele pode se tornar algo vivo dentro de uma simulação. (...) E nossas simulações podem criar simulações. O que acho intrigante é que, se existe um criador para nosso mundo no futuro e ele será nós, isso também significa que há um criador para o nosso mundo e ele também é composto por nós. Isso significa que somos tanto Deus quanto servos de Deus e que fizemos tudo. O que acho inspirador é que, mesmo em uma simulação com muitas ordens de magnitude até níveis de simulação, algo no caminho escapou da "sopa primordial" para virar a gente e isso resultou nas simulações que nos fizeram. E acho que isso é muito legal", conclui.
FONTE(S)
IMAGENS

18 de set. de 2011

Para quê filosofia? – Marilena Chauí


Conhece-te a ti mesmo
Um oráculo pode ser uma mensagem divina ou uma pessoa que recebe essa mensagem e a repassa para quem perguntou. Na Grécia antiga, essa pessoa normalmente era mulher e era chamada de sibila. Na cidade da Delfos, havia um santuário para o deus Apolo, o patrono da sabedoria, onde, sobre o portal da entrada estava a frase “conhece-te a ti mesmo”. Sócrates foi até esse santuário para descobrir se era um sábio, como as pessoas diziam; quando o oráculo perguntou o que ele sabia, ele disse: “só sei que nada sei”, e o oráculo disse que ele era o mais sábio de todos os homens por ser o único que sabia que não sabia. No filme MATRIX, Néo também leu a frase “conhece-te a ti mesmo”, que significava que só ele poderia saber se ele era “o escolhido”.
Neo e Matrix
Néo: novo, renovado.
Morfeu: filho do Sono e da Noite, era uma entidade que
vagava entre os mundos e invadia os sonhos; usava uma papoula vermelha para acordar (despertar) as pessoas.
Matrix: vem do latim, “mãe”, significa útero. Seu poder, no filme,controla as pessoas através de uma realidade virtual. Um verdadeiro combate contra ela seria mental, e vencê-la significaria libertar os seres humanos do mundo de ilusão em que ela os colocou.
Neo e Sócrates
No filme, Néo era um hacker que invadia redes de computadores e decifrava seus códigos, era instigado por Morfeu a desconfiar que a realidade não era o que parecia ser.
Na Grécia antiga, Sócrates dizia se sentir instigado por um ‘espírito interior’ a desconfiar da aparência das coisas e buscar a essência delas, que supririam os anseios da alma, e ficava em um mundo superior, o mundo das idéias.

O mito da caverna
Pessoas presas dentro de uma caverna, com a possibilidade de ver apenas sombras, que lhes parecem o mundo real. Um desses prisioneiros se solta e sai da caverna, fica um pouco abalado ao descobrir o verdadeiro mundo, mas acaba se acostumando e volta, para tenta mostrar aos outros prisioneiros que o que eles conhecem não é real. Acaba sendo morto por ter ameaçado a realidade conhecida e incondicionalmente aceita pela maioria.
Fazendo um paralelo, as pessoas são a comunidade em que Sócrates (ou Néo) vivia, a caverna seria o mundo que parece real, o prisioneiro que se solta seria o filósofo (ou o hacker), o mundo real seria o das idéias (assim como no filme seria o mundo mental) e a caverna seria o mundo aparente da polis (ou o que a Matrix criou).
Nossas crenças costumeiras
Temos, em nossa sociedade, verdades estabelecidas que, embora sejam variáveis, normalmente, não são questionadas. Acreditamos que as coisas e os acontecimentos se relacionam e que podemos manipular essas relações em benefício próprio.
Exercendo nossa liberdade
Cremos ter uma vontade própria, e que quando a exercemos, estamos praticando um ato de liberdade. Quando uma pessoa mente e nos avisa, ou mente sem saber que o que diz é mentira, consideramos aceitável. E quando uma pessoa mente de propósito e sem avisar, consideramos inaceitável. Isso nos mostra o caráter da pessoa.
Conhecendo as coisas
Acreditamos que para ver as coisas como realmente são, que devemos ser objetivos e imparciais, sem nos deixar influenciar por sentimentos pessoais. No entanto, tomamos por realidade muitas coisas que consideramos naturais porque sempre estiveram presentes na nossa existência, como a vida em sociedade.
E se não for bem assim?
Por mais que acreditemos na nossa liberdade, somos dominados por regras sociais. Algumas vezes vivemos um conflito entre o que queremos e o que é socialmente aceito.
Momentos de crise
Acontecem quando indagamos sobre a validade ou realidade ou origem de algo que, para nós, sempre foi uma crença. Essa é a origem do pensamento filosófico, e a sede de conhecimento exprime exatamente o significado da palavra filosofia: “amor à sabedoria”.
Buscando a saída da caverna ou a atitude filosófica
Quando alguém decide investigar as opiniões estabelecidas ao invés de aceitá-las, buscando uma explicação racional (que possa ser entendida, aceita, questionada e respeitada) para todas as coisas, se separa da vida social e de si mesmo, iniciando uma atitude filosófica.
A atitude crítica
Geralmente ocorre nos momentos de crise, quando negamos tudo o que é pré-estabelecido e posteriormente questionamos “o que”, “por que” e “como” sobre algo. Esses dois momentos formam a atitude crítica.
Para que Filosofia?
É comum ouvirmos essa pergunta porque consideramos alguma coisa ‘útil’ quando podemos perceber seu uso prático e imediato. Nesse caso, realmente, a filosofia não serve para nada. Podemos dizer que a filosofia é a arte do bem-viver, que se baseia em virtudes, mas ainda que possamos atribuir uma finalidade à filosofia e a atitude filosófica, elas continuam sendo as mesmas e continuam a fazer perguntas intrigantes.
Atitude filosófica: indagar?
Se realiza com três indagações, independente do assunto investigado: o que écomo é, e por que é. Tem atitude filosófica quem buscar conhecer a si mesmo.
A reflexão filosófica
É a volta do pensamento para si mesmo, procura definir quais são os motivos que nos levam a pensar (ou fazer, ou dizer) o que pensamos, qual é o sentido desse pensamento e para quê pensamos isso.
Filosofia: um pensamento sistemático
Ocorrem sistematicamente, ou seja, com lógica, coerência, precisão e provas racionalmente fundamentadas, tudo de forma rigorosa para que as idéias não se contradigam, sendo, portanto, válidas.
Em busca de uma definição da Filosofia
Embora nenhuma definição possa ser considerada completa, podemos encontrar, inicialmente, quatro: visão de mundo, que corresponde a cultura social de cada povo, e por isso mesmo sendo muito ampla; sabedoria de vida, ou seja, a arte do bem-viver;esforço racional para conceber o universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido, que difere de religião já que busca compreender o universo de forma racional e não por meio da fé;fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas,que se ocupa em conhecer os fundamentos racionais do conhecimento.
Inútil? Útil?
Nossa sociedade considera útil o que gera resultados visíveis e imediatos. Muitos filósofos importantes definiram filosofia de diferentes formas, mas todas com um ponto em comum: o benefício humano. Tomando isso por verdade, podemos afirmar que a filosofia é a mais útil das atitudes humanas.
 
Editado por Eri Santos Castro.
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