15 de jul. de 2014

Conheça Luciana Genro, filha do governador petista do RS e candidata a presidenta pelo PSOL


Luciana Genro é uma política nascida em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Conhecida pela defesa de assuntos polêmicos, como a descriminalização da maconha, Luciana foi escolhida candidata a presidente da República pelo PSOL.

Aos 43 anos de idade, Luciana quer discutir a legalização do aborto “sem preconceito”. Na economia, defende uma velha bandeira do PT antes de chegar ao governo: “Uma auditoria da dívida pública, com a suspensão do pagamento dos juros”.

Filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, Luciana começou sua militância aos 14. Filiou-se ao PT, partido do seu pai e do qual seria expulsa no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva por ter votado contra a reforma da Previdência.

Foi eleita deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, pela primeira vez, em 1994, sendo reeleita nas eleições seguintes. Em 2002, venceu as eleições para deputada federal e foi reeleita quatro anos depois.

Luciana Genro, candidata a presidente da República pelo PSOL

Quais serão suas prioridades, caso seja eleita presidente da República?
Queremos transformar profundamente o modelo econômico e o político. Na parte política, entendemos que é necessária uma transformação radical para ir à raiz das instituições da democracia, porque estão capturadas pelo poder econômico e não são permeáveis à vontade popular. Valorizaremos a democracia direta e a participação do povo.

O que a senhora fará, caso seja eleita, de diferente na área econômica?
Vamos fazer uma auditoria da dívida pública, com a suspensão do pagamento dos juros, principalmente para os títulos que estão nas mãos dos bancos, até identificarmos ilegalidades, irregularidades e abusos que foram cometidos. Queremos ainda fazer uma revolução tributária no Brasil para inverter a lógica que hoje tributa fortemente o consumo e o salário e fracamente a riqueza e a propriedade. Um estudo do (economista) Márcio Pochmann identificou que as 5 mil famílias mais ricas do Brasil têm uma riqueza acumulada equivalente a 42% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. É nessa riqueza que queremos mexer.

Que papel o empresariado teria em um governo da senhora?
Um papel de produzir, de contribuir para o desenvolvimento do país, mas não vamos compactuar com uma economia que está exclusivamente voltada para os interesses do grande empresariado, para os interesses da cumulação de capital, para a obtenção de lucro.

A senhora não teme perder voto dos cristãos ao defender a legalização do aborto?
Minha participação nesse processo eleitoral não é apenas em busca de votos, mas em busca de avanços para o Brasil e de direitos para o nosso povo. O direito das mulheres em não morrerem em abortos clandestinos é um direito democrático básico. Não somos a favor do aborto. Somos a favor das mulheres e da descriminalização por ser uma realidade. Queremos discutir esse tema sem preconceito, buscando defender a saúde das mulheres e combinando a descriminalização do aborto com um amplo programa de conscientização sobre a maternidade, sobre o controle da natalidade e sobre os métodos contraceptivos.

 Por Gabriel Garcia.
Enviado por Eri Santos Castro.
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