O prédio da Difusora Incorporação, onde Edinho Lobão é sócio com 99,6% das ações. |
Os deputados estaduais Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré
(PSB), Othelino Neto (PCdoB) e Marcelo Tavares (PSB) e o deputado federal
Simplício Araújo (Solidariedade) constataram, in loco, na manhã desta segunda-feira (05) a inadequação do prédio
alugado pela Secretaria de Saúde (SES) para a instalação de um centro
ambulatorial para atendimento de pacientes com câncer. O prédio, de propriedade
da Difusora Incorporação, empresa do senador Edinho Lobão (PMDB), foi construído
para fins residenciais.
Segundo informações cedidas por trabalhadores que estavam no
local, o prédio não é adequado para receber pacientes em tratamento oncológico.
Após seis meses de locação sem que nada funcione no local, as obras de
adequação do prédio iniciaram há apenas duas semanas, com cinco trabalhadores
cuidando da obra.
Após ouvir os depoimentos dos funcionários, os deputados
constataram que o local não é adequado para a instalação do Centro
Ambulatorial. “Está comprovado que aqui não há atendimento e que o prédio não
serve para a instalação do centro para o tratamento oncológico e o senador
Edison Lobão está recebendo por isso através da sua empresa”, denunciou Rubens
Júnior.
Desde março de 2014, a Difusora Incorporação, empresa de
propriedade do candidato Edinho Lobão, recebe R$ 30 mil por mês do governo, sem
nada funcionar no local. “É o modos
operandi do governo Roseana. Faz o contrato com graves suspeitas de
irregularidades gastando aí volumosos recursos públicos para pagar um prédio
apenas por ser de um aliado, que agora é candidato a governador do grupo”, criticou
Othelino Neto.
O deputado Marcelo Tavares classifica como “desumano” que R$
30 mil reais que deveriam ser destinados a pacientes com câncer sejam aplicados
na locação do prédio, que não tem servido para nada. “O prédio não atende as
necessidades de pacientes que travam uma luta dão dura, tão difícil como é
contra o câncer. Então é lamentável que isso aconteça, é dinheiro público
jogado fora unicamente para beneficiar o titular, o proprietário do prédio”,
disse.
Ao tratar da inadequação do prédio e das irregularidades da
obra, o deputado Bira do Pindaré avaliou o caso negativamente. “Um senador da
República não pode ter contratos com o governo, e aqui está comprovada a
existência deste contrato”. Já o deputado federal Simplício Araújo avaliou como
falta de sensibilidade a aplicação de R$ 30 mil mensalmente para um prédio que
não traz nenhum benefício aos cidadãos. “Aqui nós não temos nenhum indicativo
do que efetivamente está sendo feito com o dinheiro público”, revelou.
Da assessoria.
Enviado por Eri Santos Castro.
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