ÚLTIMA CHANCE
A Comissão da Verdade,
que em suas linhas mestras fui dos primeiros a defender, é o última
chance de deixarmos estabelecido, como veredito oficial do Estado
brasileiro, o repúdio ao golpismo, à ditadura, ao estupro dos direitos
humanos.
Caso contrário, os totalitários
continuarão podendo alegar impunemente que em 1964 foi dado um
contragolpe preventivo e que ambos os lados cometeram excessos
equivalentes durante os anos de chumbo.
E nada vai impedir que se batizem ruas e praças com os nomes de sérgio paranhos fleury, emílio garrastazu médici e outros que tais (as minúsculas são intencionais).
E nada vai impedir que se batizem ruas e praças com os nomes de sérgio paranhos fleury, emílio garrastazu médici e outros que tais (as minúsculas são intencionais).
É discutível que se consiga
avançar muito, com mais de um quarto de século de atraso e depois da
diligente destruição de arquivos por parte de quem tinha esqueletos no
armário, no esclarecimento de episódios ainda obscuros.
Mas, apenas reunir o que já se
apurou numa espécie de balanço final do período já dará aos democratas
um trunfo poderoso nos embates políticos do presente e do futuro.
Pois, a esta altura, só nos
resta tentarmos criar anticorpos, para que nunca mais o Brasil mergulhe
nas trevas da tirania e da barbárie.
Nem isto o jornal da ditabranda admite.
Do Náufrado da Utopia.
Editado por Eri Santos Castro.
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