Eis a herança maldita: mais da metade da população maranhense recebe o Bolsa Família. Por Isso que o grupo Sarney não solta Lula.
Jornalista Maranhense Raimundo Garrone emplaca matéria n'O Globo
'Com nove filhos, o marido e o cunhado que vivem de bicos, Maximiliana Seguins, de 38 anos, garante o café da manhã de todos com os R$ 152 mensais do Bolsa Família.— Ainda dá para garantir o almoço nos primeiros dias, depois a gente junta daqui, junta dali e vai se virando. Às vezes consigo até aviar (comprar fiado) na quitanda — diz a dona de casa, enquanto aparta uma briga entre Pedro e Levi, os dois mais novos, de 3 e 2 anos, que disputavam um pedaço de picolé.Maximiliana ajuda a vizinha tomando conta de Alana, de 1 ano e 4 meses: — Todos se ajudam.
Caso contrário, não havia como sobreviver.Morando num casebre no bairro do Jaracati, invasão encravada no mangue e próxima ao maior shopping da capital, a família ainda consegue algum peixe para as raras refeições.Ela entrou para o Bolsa Família há quatro anos, quando seus dois filhos mais velhos vendiam suquinho nas ruas de São Luís e foram encontrados por assistentes sociais, que conseguiram cadastrar a família no programa.— Hoje estão todos na escola, onde espero que possam conseguir um futuro melhor — diz.Dona Maximiliana não tem expectativas de deixar de precisar do auxílio do governo, pois, com tantos filhos, seria necessário um salário bem superior do que o mínimo, que o marido, Luís Silva Diniz, já chegou a ganhar como auxiliar de serviços gerais.
No Maranhão, os 217 municípios são atendidos pelo programa, que beneficia 753.512 famílias, atingindo mais de seis milhões de pessoas — em todo o estado, o programa alcança 59,1% da população.Apenas em São Luís, a capital, o Bolsa Família beneficia 71,7 mil famílias, o equivalente a mais de 30% da população.'
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