Cartaz de 1955: a luta contra a privatização da Petrobras vem de longe. O Petróleo é nosso. O PSDB que repassar o pré-sal às empresas americanas. A riqueza do Pré-sal é estimada em U$ 90 trilhões. |
As
petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo
no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então
pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB) Aécio (PSDB), a
promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.
Telegramas enviados da embaixada americana para o Depto. dos Estado dos EUA, vazado pelo Wikileaks, denunciam que José Serra (PSDB-SP) prometeu entregar o pré-sal às petroleiras do exterior.
Segundo a organização internacional, responsável
por divulgar telegramas confidenciais de governos e instituições
multinacionais, o candidato a presidência do Brasil na época pelo PSDB, José
Serra, afirmou por meio de telegrama enviado à Patrícia Padral, diretora da
americana Chevron no Brasil dizendo: “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que
eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos
mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”,
afirmava o tucano.
“Eles são os profissionais e nós somos os
amadores”, respondeu a diretora, sobre o assessor da presidência Marco Aurelio
Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da
legislação. Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras
se fosse eleito presidente. A diretoria ainda ousou acusar o governo brasileiro de fazer uso “político” do modelo de partilha de exploração do Pré-sal e afirmou “As regras sempre podem mudar depois”, sobre o modelo adotado pelo Governo.
se fosse eleito presidente. A diretoria ainda ousou acusar o governo brasileiro de fazer uso “político” do modelo de partilha de exploração do Pré-sal e afirmou “As regras sempre podem mudar depois”, sobre o modelo adotado pelo Governo.
“A indústria de petróleo vai conseguir combater
a lei do pré-sal?”
Este é o título de um extenso telegrama enviado
pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro de
2012. Como ele, outros cinco telegramas publicados no WikiLeaks mostram como a
missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a
elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos
interesses das petroleiras.
Os documentos revelam a insatisfação das
pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com
o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram
fortemente no Senado para mudar a lei.
É que, para o pré-sal, o governo brasileiro
mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros
locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um
deteminado tempo. No pré-sal, elas terão que seguir um modelo de
partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será
a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da
Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobrás terá todo controle sobre a compra de
equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar
os fornecedores americanos. Outra decisão bastante criticada foi a criação da
estatal PetroSal para administrar as novas reservas.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado americano que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”,afirmou.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro. Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (WWW.WIKILEAKS.CH).
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado americano que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”,afirmou.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro. Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (WWW.WIKILEAKS.CH).
A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha
e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do
WikiLeaks.
“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles
quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a
todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a
Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo
da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.
Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.
“O modelo atual impõe muita responsabilidade e
risco à Petrobras”, disse Biasoto, responsável pela área de energia do
programa. “Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter
exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada.”
Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e
foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas
com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não
participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. “Mas é possível que ele tenha
participado de outras reuniões com o setor”, disse.
SENSO DE URGÊNCIA
O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.
SENSO DE URGÊNCIA
O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.
O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas
não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam
nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e
voltam”.
A executiva da Chevron relatou a conversa ao
representante de economia do consulado dos EUA no Rio.
A mudança que desagradou às petroleiras foi
aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.
Desde 1997, quando acabou o monopólio da
Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de
concessão.
Nesse caso, a empresa vencedora da licitação
ficava dona do petróleo a ser explorado -pagando royalties ao governo por isso.
Com a descoberta dos campos gigantes na camada
do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de
partilha.
Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente
partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas
vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de
participação nos consórcios com as outras empresas.
A Folha teve acesso a seis telegramas do
consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos
pelo WikiLeaks.
Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de
2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O
crescente papel da Petrobras como “operadora-chefe” também é relatado com
preocupação.
O consulado também avaliava, em 15 de abril de
2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra
da Casa Civil.
O consulado cita que o Brasil se tornará um
“player” importante no mercado de energia internacional.
Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a
executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a
nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.
Texto de 30 de junho de 2008 diz que a
reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A
frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.
Do Portal Metropole, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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