22 de abr. de 2015

Chupa essa 'coxinhas': Maranhão integra comitiva brasileira na Convenção Internacional da Saúde Pública em Cuba

A convite do ministro da Saúde, Arthur Chioro, o secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Marcos Pacheco, está integrando a comitiva brasileira na Convenção Internacional da Saúde Pública – Cuba Salud 2015, que começou nesta segunda-feira (20) e prossegue até a próxima sexta-feira (24), em Havana, capital cubana.

Este ano, a Convenção Cuba Salud tem como tema central ‘Dá Saúde à Cobertura Sanitária Universal para Todos’. Um dos principais objetivos do Congresso é promover um intercâmbio amplo, procurando a integração na diversidade. O encontro deve reunir 900 delegados, sendo 400 cubanos e 500 estrangeiros de diversas nacionalidades.

Segundo Marcos Pacheco, ser o único secretário de Estado da saúde do país a integrar a comitiva brasileira em um evento deste porte demonstra o quanto o governador Flávio Dino tem se destacado nacionalmente, representando um governo que busca integração e conhecimento para a melhoria da saúde da população maranhense. Ele destacou que participar da convenção é uma oportunidade de conhecer experiências reconhecidamente exitosas na área da saúde pública.

“Apesar de ser um país relativamente pobre, Cuba tem um sistema de saúde muito forte e consolidado. Tem os melhores indicadores de saúde da América Latina. Por outro lado, precisamos conhecer como o país construiu e como mantém essa estrutura assistencial, sobretudo como fortaleceu a sua medicina preventiva a ponto de ter alcançados esses bons indicadores”, informou o secretário.

Durante os cinco dias de evento serão realizados simultaneamente palestras, simpósios, mesas-redondas e painéis, onde participarão importantes personalidades reconhecidas internacionalmente na área da saúde. Ocorrerão ainda oficinas sobre Serviços de Qualidade de Saúde, Mudanças Climáticas e Saúde, Informática Médica, Internacionalização da Educação Médica, dentre outros assuntos.

Durante a convenção, além dos avanços e desafios do Sistema Único de Saúde (SUS), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, mostrará os impactos das cooperações internacionais do Brasil, a exemplo do Programa Mais Médicos, que já levou atendimento básico de saúde a mais de 50 milhões de brasileiros. O ministro e sua comitiva também participarão de reuniões bilaterais com Cuba e com outros parceiros. Atualmente, o país está envolvido em 108 projetos e ações de cooperação internacional nas áreas educacional, fortalecimento de políticas públicas, serviço e pesquisa e desenvolvimento.

Outra importante ação brasileira a ser apresentada, no campo das boas práticas em saúde, é a transferência de tecnologia de Bancos de Leite Humano a outros países. O funcionamento em rede permitiu a ampliação do modelo brasileiro para América Latina, África e Europa. A iniciativa vem apoiando os países parceiros no cumprimento dos Objetivos do Milênio no que diz respeito à redução da mortalidade infantil com ênfase para o componente neonatal.

Mais Médicos

O Programa Mais Médicos para o Brasil, por meio de cooperação internacional, já enviou 14.462 médicos brasileiros e de diferentes nacionalidades para 3.785 municípios. Com isso, cerca de 50 milhões de pessoas já foram beneficiadas. O programa permitiu, por exemplo, que hoje todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) tenham um médico atendendo à população local.

Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital do programa, o Governo Federal garantirá em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país, levando assistência para aproximadamente 63 milhões de pessoas. Serão 4.058 municípios beneficiados, 72,8% de todas as cidades do Brasil, além dos 34 distritos indígenas.

Além do objetivo emergencial de provimento, o Mais Médicos também prevê investimento na infraestrutura e formação profissional. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil UBS e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de 943 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Em relação à expansão e reestruturação da formação médica estão previstas a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS.

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