Dedicamos nosso Encontro Nacional à memória do companheiro Zezéu
Ribeiro.
A mesa de abertura contou com a presença das companheiras Margarida
Salomão, Arlete Sampaio, Luizianne Lins, Moema Gramacho e Camila Moreno, e dos
companheiros Paulo Teixeira, Paul Singer e Carlos Henrique Árabe.
Recebemos a saudação do companheiro Patrus Ananias, convidado ao
Encontro, a quem agradecemos.
O Encontro teve como texto de referencia a contribuição do companheiro
Tarso Genro. As contribuições do debate realizado no Encontro
devem se agregar a esse texto. Novas contribuições devem ser produzidas até a
inscrição da tese.
Apontamentos do Encontro
- Apresentar tese ao 5º
Congresso Nacional do PT
- A militância da
Mensagem ao Partido de todo Brasil afirma com convicção a defesa do governo
eleito democraticamente pelo povo brasileiro para continuar as transformações
que estão mudando a cara do Brasil há doze anos.
- Rechaçamos
qualquer tentativa de golpe militar ou midiático. Reforçamos a nossa defesa
intransigente da democracia
• Internacional: Crise do Capitalismo e perspectivas da
democracia
→ Passamos por um momento de profundas crises internacionais, em que
suas razões profundas estão na contradição intransponível entre os interesses
do capitalismo financeiro e as demandas da humanidade
→ A ação do PT, enquanto partido e governo, já foi muito determinante em
reconfigurar alianças internacionais na contramão do projeto neoliberal. É
preciso aprofundar esse protagonismo internacional.
• Brasil: perspectivas da democracia
• Economia pós-neoliberal
→ O PT assumiu por consenso defender a apuração da corrupção na
Petrobras bem como em qualquer espaço público. A direita busca aparelhar essas
investigações, tanto para atacar o PT como para favorecer interesses das
multinacionais e enfraquecer a nossa empresa de petróleo. Reafirmamos a posição
decidida pelo Diretório Nacional do PT em Fortaleza de punir com expulsão
qualquer filiado comprovadamente envolvido em corrupção.
→ Defendemos uma política econômica que estimule o crescimento econômico
com geração de empregos de qualidade e taxas decrescentes de juros de longo
prazo
→ É preciso reverter a supremacia de gastos com despesas (juros e
amortizações) da dívida pública liberando receita para acréscimo nos recursos
públicos.
→ Nosso governo deve construir uma política econômica soberana, à
expensas dos interesses do capital financeiro.
→ O PT precisa construir um projeto nacional pactuado com os movimentos
sociais, a intelectualidade e a classe trabalhadora que historicamente foi
nosso alicerce.
→ Direitos duramente conquistados não podem ser retirados nem
negociados.
→ Nosso grande desafio da conjuntura é realizar um reforma política que
ponha fim ao financiamento empresarial de campanha, fortaleça os partidos através
do voto em lista com paridade de gênero e garanta a representatividade étnico
racial.
→ A participação social deve vir acompanhada de deliberações e
encaminhamentos concretos de atuação governamental.
→ A disputa de hegemonia deve se dar com uma agenda propositiva e
inovadora.
→ A violência e o genocídio da juventude negra fazem parte do ataque da
burguesia contra o povo brasileiro. A dimensão do combate ao racismo sistêmico
deve fazer parte de todas nossas reflexões e ações.
→ É preciso que o PT e seus governos construam um outro sistema de
segurança pública que de fato assegure a segurança da população, e não promova
o genocídio da juventude negra. A juventude negra precisa ter direito à vida.
Defendemos a CPI sobre a violência da juventude negra.
→ Nossos governos devem implementar uma reforma educacional que não
passa apenas por uma estruturação material das escolas e universidades. A
reforma educacional deve ser no método e no conteúdo. É preciso reformular os
currículos.
→ É preciso construir uma nação capaz de gerar indústria e emprego.
→ É necessário que o governo tenha como prioridade a implementação de
políticas públicas para idosos.
→ Afirmamos a nossa luta pela Reforma Agrária e a defesa da agricultura
familiar.
→ É preciso melhorar as condições de empregos no Brasil ainda precárias.
É preciso avançar na criação e oferta de trabalho decente para toda a
população.
→É preciso valorizar a importância da Economia Solidária.
→ O Brasil deve explorar seu potencial de energia solar e eólica.
→ Lutaremos por uma Reforma Urbana que enfrente a especulação
imobiliária e valorize a qualidade de vida das pessoas e o acesso à cidade.
→ A democratização da comunicação e a Lei da Mídia democrática devem ser
prioridades dentre nossas lutas.
• PT: debate da organização partidária
• PT: debate da organização partidária
→ A crise pela qual passa o PT é a mais grave desde sua fundação.
→ Reforçamos o apoio ao projeto de lei de Reforma política da
coalizão democrática eleições limpas.
→ Afirmamos nossa defesa da paridade de gênero e das cotas de juventude
e étnico/raciais como necessárias para a democracia interna partidária e para a
real representação da base social petista. Defendemos ainda a criação de
instrumentos que coíbam o desrespeito às cotas e a paridade.
→ O debate interno no PT deve abrir mão de hegemonismos,
favorecendo a diversidade interna que foi capaz de concentrar de forma ampla os
anseios coletivos do povo brasileiro.
→ O PED está esgotado. O processo de eleições do PT não pode ser
controlado pelo poder financeiro e/ou por mandatos em detrimento da militância.
Encaminhamos aprofundar o debate da sua superação.
→ É necessário que o partido construa instrumentos de auto sustentação
financeira: um partido de trabalhadores não pode depender da sustentação
financeira de empresas.
→ O partido precisa retomar a política de comunicação adotada durante as
eleições presidenciais de 2014. O Muda Mais foi um importante instrumento de
desconstrução das mentiras propagadas nas redes. A política de comunicação nas
redes é fundamental para a disputa de hegemonia na sociedade.
→ O PT precisa reafirmar sua posição de defesa do Estado Laico.
→ O PT deve resgatar os fóruns de discussões internas com as
pautas da sociedade.
→ O PT deve sistematicamente planejar e avaliar as ações de
governos petistas.
→ É preciso realizar um balanço critico a organização dos
setoriais do PT para que seu papel como organizador seja reforçado.
→ Reafirmamos a nossa defesa de que o PT construa uma agenda
ecossocialista.
→ É preciso qualificar o conhecimento sobre a base de filiados e
filiadas no PT. Precisamos saber, por exemplo, a quantidade de negros e negras
filiados/as ao Partido dos Trabalhadores.
→ Reafirmamos nossa defesa da construção do socialismo por vias
democráticas e populares.
→ Construir um partido democrático passa por respeitar e valorizar a
diversidade regional do país. Nenhuma região deve ser valorizada em detrimento
de outra.
Para aprofundar as diretrizes acima pontuadas, a Mensagem ao Partido
decide por realizar Seminários nacionais sobre os seguintes temas: Política
Externa, economia e disputa de valores. Os estados devem realizar seminários
estaduais da Mensagem ao Partido, além de amplas campanhas em defesa da Reforma
Política. Devemos aproveitar também o processo congressual do PT para organizar
etapas livres de debate congressual que contribuam para defender nossas
posições e dialogar amplamente sobre o programa de transformações do PT: nas
universidades, escolas, fábricas, bairros, ruas e redes!
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