23 de mar. de 2015

A quem interessa a campanha pela irrelevância da política e a extinção do PT?

Nenhum partido, que representa e é uma comunidade indeterminada, pode ser proscrito por delitos cometidos por quaisquer dos seus membros. Seria incriminação em abstrato punir pessoas ou grupos de pessoas pela condição de pertencerem a comunidade racial, religiosa ou política. Reitero: o poder de proscrever partidos por crimes cometidos pelos seus membros, solicitado pelo MP Federal, abre a mesma possibilidade para proscrever outras instituições como Igrejas, organizações sociais e outras formas de organização coletiva.
A midiatização do processo penal, a criminalização dos partidos e a campanha pela irrelevância da política é uma tática de controle fascista. Primeiro eles selecionam os que não lhes agradam no momento, depois vão chegando para eliminar qualquer forma de resistência democrática. Ocorre sempre um surto autoritário, na sociedade democrática, quando os partidos perdem a capacidade de promoverem a agenda política.
A agenda do país está capturada pela grande mídia, que espetaculariza as ações do MP e do Poder Judiciário e assim os induz, os controla. Na despolitização e liquidação da política, prosperam políticos como Eduardo Cunha, que passam a servir o autoritarismo para se protegerem.
Atualmente no Brasil a coisa não vai mal para a corrupção. A luta vai ficar na superfície se não proibirem empresas de bancar campanhas. É tudo que os corruptos de "direita", de "esquerda" ou de "centro" querem: "não me tirem estes canais de alimentação dos esquemas"! A "proscrição" de partidos formados na ordem constitucional, por crimes de seus membros, é fascismo social se fazendo fascismo estatal.
Meu caro amigo Zé Eduardo, abre a boca sobre esta barbaridade. Lembram? "Parla Dalema!"

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