O secretário municipal de Saúde, Cesar Felix, rechaçou nesta sexta-feira (13) as acusações do secretário de estado da área sobre uma suposta omissão dos hospitais de urgência e emergência praticada na rede municipal no atendimento de casos de cirurgias eletivas. Para ele, a proposta do secretário de estado de contratar serviços de hospitais da rede privada de São Luís confirma a ineficiência dos hospitais que estão sendo entregues pelo Governo do Estado às prefeituras, em dar resolutividade aos casos de média e alta complexidade.
“Mais de 70% dos pacientes que estão nos corredores do Socorrão I e do Socorrão II pertencem a outros municípios do interior do estado que deveriam ser regulados pelo estado. O estado deveria fazer seu papel em dar resolutividade aos casos. O fato destes hospitais regionais não darem atendimento aos pacientes acaba por conduzi-los para São Luís”, ressalta o secretário Cesar Felix. A regulação é uma ferramenta importante na gestão da saúde e necessária para o processo de implementação do Sistema Único de Saúde.
Segundo o secretário de Saúde de São Luís, a rede municipal sistematicamente vem sendo sacrificada na regulação na medida em que responde por 100% da responsabilidade pelo atendimento de casos de média e alta complexidade, recebendo apenas 45% do repasse do Sistema Único de Saúde.
Dos R$ 669 milhões recebidos pela Secretaria Municipal de Saúde de janeiro a dezembro deste ano, 50% foram repassados para o Estado e 5% para o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, restando 45% para o município de São Luís. Para o secretário Cesar Felix, os recursos são insuficientes para o município que responde quase integralmente pelos casos de emergência e urgência do estado.
“Temos 100% de responsabilidade e só recebemos 45% dos recursos. Isso é injusto e não é suficiente para atender ao enorme fluxo de pacientes que acorrem diariamente para São Luís”, afirma Felix.
O secretário adiantou que em 2014 a Prefeitura de São Luís deve ampliar o número de leitos nos hospitais. Primeiramente a ampliação deve ocorrer nas maternidades. A Prefeitura deve ainda equipar as unidades mistas para que em leitos de retaguarda recebam pacientes submetidos a cirurgias de ortopedia, cirurgia vascular e outros casos.
Da assesseria.
Enviado por Eri Santos Castro.
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