4 de nov. de 2013

Violência do Maranhão nas páginas do The New York Times

Crescente violência no estado ganha destaque na imprensa internacional

Os assustadores índices de violência do estado, que crescem a passos largos, também foram destaque em um dos jornais mais importantes do mundo, o The New York Times. O caso do árbitro decapitado e esquartejado em PIO XII, à época também amplamente noticiado pela imprensa nacional, foi pauta do jornal norte-americano, que abordou os índices de violência, a pobreza e a falta de investimentos em segurança no estado.

Os números atestam o que os cidadãos vivenciam todos os dias, o Maranhão está tomado por uma onda violência. Assaltos, homicídios, rebeliões e assassinatos dentro dos presídios.

O ano de 2013 já é o mais violento desde 2009 quando verificado o número de assassinatos somente na região metropolitana da capital. Em 2009, os crimes de morte totalizaram 55.

O estado ocupa a última colocação na distribuição de policiais por habitantes. A proporção é de 29,22 agentes destacados para cada 100 mil habitantes.7. Agora, em 2013, o número de mortes já ultrapassa 700.

Diante dessa realidade, o sargento Antonio Lima de Carvalho, lotado no município de Pio XII, relatou ao jornal norte americano a real situação da segurança no Maranhão. “Infelizmente estamos atrasados em tudo no Maranhão – carros de polícia, homens, infra-estrutura, telefones. Nós nem sequer temos rádios”, disse o sargento.

Recentemente, em reunião na Assembleia Legislativa o próprio secretário de segurança admitiu o baixo efetivo de policiais dificulta o combate à violência e criminalidade. “Nós temos a pior relação policial/habitantes do Brasil e isso complica a implantação de políticas novas em segurança pública” comentou o secretario na ocasião.

Indiferença

Mesmo com a onda de violência fora de controle no estado, no que tange à segurança pública o governo do estado continua dispensando indiferença. A prova disso é o projeto de lei orçamentária de 2014.

Na semana passada, o deputado Rubens Pereira Júnior denunciou, em seu pronunciamento, que o governo pretende cortar em R$ 6 milhões o orçamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

“Vale a pena fazer tanto empréstimo assim e cortar água do maranhense e tirar o dinheiro da educação? Em relação a Secretaria de Segurança, alguém vai dizer: não, tenho certeza de que o governo não cortou orçamento da segurança, em meio a este caos instalado? Tiraram R$ 6 milhões da Secretaria de Segurança. Nós vamos aceitar calados? Certamente, não”, disse o deputado.

Do Sítio Maranhão da Gente, confira  aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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