17 de jun. de 2009

O Senado e uma sinopse da tragédia

Vou fazer uma breve sinopse dos pontos mais relevantes dos principais artigos, de repercussão nacional, sobre a crise ética e moral do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP). Os articulistas escolhidos são: Noblat, do Globo; Melchiades Filho, da Folha; Alberto Dines, do Observatório da Imprensa; Alexandre Garcia, da TV Globo; Dora Kremer, do Estadão; Josias de Souza, da Folha; Lúcia Hipólito, da CBN.
Sai, Sarney
Vez por outra lemos a respeito de político japonês que se matou depois de ter sido acusado de corrupção.
Na semana passada, ao som da música do filme “O Poderoso Chefão”, Agaciel casou a filha Mayanna sob as bênçãos de Sarney, Renan Calheiros e de dois outros ex-presidentes do Senado – Garibaldi Alves e Edison Lobão.
É possível acreditar que o pai da crise esteja de fato empenhado em resolvê-la? Ou que reúna condições para tal? E quem disse que seus pares estão interessados em refundar o Senado?A essa altura, uma só coisa depende de fato de Sarney: a renúncia à presidência do Senado para atenuar as nódoas recentes de sua biografia. Ricardo Noblat, O Globo.
Talvez seja cedo para decretar a débâcle de José Sarney
"Como se vê, Sarney segue ocupado com o exercício do poder. É isso que o move, não os aplausos - nunca os recebeu, nem pela transição para a Nova República. Será uma surpresa se entregar os pontos porque a “biografia foi manchada” pelos vícios do Senado. É mais provável que a apoplexia dos últimos dias seja o preparo do contra-ataque." Melchiades Filho, da Folha.
José Sarney à deriva
"Sarney está ferrado: a Folha jamais admitiria desvencilhar-se de um incômodo parceiro apenas para satisfazer “alguns leitores” exigentes e inconformados. Agora, com o decisivo empurrão assinado e avalizado pelo mais antigo articulista da Dois, está armado e acionado o cronograma para a saída de José Sarney da Folha de S.Paulo. Aleluia! Clóvis Rossi merece um prêmio pela façanha." Alberto Dimes, do Observatório da Imprensa.
Não foi erro técnico, foi erro ético
"O senador Cristovam Buarque acha que é caso de polícia. Afinal, usaram o dinheiro dos impostos do povo, que é sagrado. Também sugere a renúncia de Sarney. Afinal, há menos de um mês, o presidente da Câmara dos Comuns, na Inglaterra, nem estava diretamente envolvido em gastos exagerados da casa, e ainda assim, renunciou à presidência e ao mandato." Alexandre Garcia, da TV Globo.
Pronunciamento pífio
O pronunciamento do presidente do Senado, José Sarney, mostrou que o senador não compreende a natureza nem a dimensão da crise que assola o Parlamento. Não está à altura das necessidades do momento e, portanto, não é a pessoa indicada para conduzir os acontecimentos ao caminho da melhor solução. Dora Kramer, do Estadão.
Não adianta mentir
"Nada mais eficiente para diminuir a confiança da platéia do que saber que o comercial que vende as maravilhas do Senado foi concebido sob pessoas que ajudam a envenenar o 'produto'." Josias de Souza, da Folha.
Sua Excelência não convenceu
Muito nervoso, maltratando a língua portuguesa, o presidente do Senado, senador José Sarney, foi à tribuna para se defender das críticas, segundo ele, muito injustas, que não respeitam sua biografia.
Não convenceu. Lúcia Hipólito, da CBN

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