11 de mai. de 2009

A revolução das escolas

O Ministério da Educação consolidará esta semana sua proposta de inovação da grade curricular do ensino médio. Quando fiz o ensino secundário, muitas coisas estudadas percebia que não tinha aplicabilidade na minha vida prática, então pra que estudar aquilo. Desde cedo idetifiquei-me com as áreas do conhecimento relacionadas com as ciências sociais, então pra que aprender o que são as mitocôndrias?

-O MEC tem que focar num todo. Uma reforma curricular não se faz com uma carta de princípios pedagógicos, mas pensando na operacionalização disso, ou seja, como esses princípios se traduzem em uma organização escolar diferente da que temos hoje. Qualquer reforma que não pense nessa dimensão da realidade das redes escolares, não funciona. É preciso pensar em uma reforma real, para escolas reais que estão envolvidas em redes públicas reais – diz, em entrevista ao JB, a pesquisadora Ana Paula Corti, especialista em ensino médio, que avalia que é preciso alterar a própria organização do sistema, desde a formação dos professores nas universidades até a contratação pela secretaria de educação.
–Por exemplo: em tese, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) prevê a diversificação curricular, a escola poderia dar aula de teatro. Mas as escolas não tem professor de teatro, nem concurso público. Aí ela atribui aulas de português – explica.

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