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10 de ago. de 2011

A internet ameaçada

Está em curso no Brasil uma clara luta política, envolvendo a internet.  Que ninguém se engane: é uma luta política. Há a posição dos que acreditam, como eu e vários outros deputados e deputadas, como Paulo Teixeira, Luiza Erundina, Jean Willis, Manuela D´Avila, Paulo Pimenta  e tantos outros, que primeiro é o caso de garantir a existência de um marco civil garantidor das liberdades, uma espécie de orientação básica do direito humano de acesso à internet, hoje um instrumento fundamental para o desenvolvimento da cidadania, da cultura, da educação e da própria participação política. E a posição dos que se apressam a procurar mecanismos de criminalização dos usuários da rede, que hoje no Brasil, com todas as dificuldades de acesso, já chegam perto dos 70 milhões. Como pensar primeiro no crime face a essa multidão, e depois na liberdade de acesso? Só os conservadores, interessados em atender a evidentes interesses econômicos, podem pensar primeiro na criminalização e só então nos direitos democráticos dos usuários.
Creio que a internet, tenho dito isso com frequência, é uma espécie de marco civilizatório, que mudou a natureza da sociabilidade contemporânea, a relação entre as pessoas e os povos, mudou a própria política, impactou a própria noção de representação. Constitui um admirável mundo novo, a ser preservado sob um estatuto de liberdades, e não constrangido sob uma pletora de leis criminalizantes. Talvez seja o seu potencial revolucionário, a possibilidade que ela dá de articulação em rede, que provoque urticária nos conservadores. Talvez, não. Certamente.



Emiliano José

Emiliano José é jornalista, escritor, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. www.emilianojose.com.br
Enviado por Eri Santos Castro.
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14 de jul. de 2011

Memória: Marighella e Prestes entrarão para o livro 'Heróis da Pátria'

Um resgatenecessário da nossa verdadeira história

Um projeto de lei (nº 1771/2011) que inscreve os nomes dos comunistas brasileiros Carlos Marighella e Luis Carlos Prestes no livro dos "Heróis da Pátria", depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, foi apresentado na Câmara Federal pelos deputados Emiliano José (PT-BA) e Edson Santos (PT-RJ).
Emiliano José fez parte do combate contra a ditadura militar, foi preso político por quatro anos, torturado, participou de movimentos políticos e jornais clandestinos à época e escreveu diversos livros sobre o assunto, sendo um deles "Carlos Marighella: O inimigo número um da ditadura militar".

O parlamentar credita a Carlos Marighella e Luis Carlos Prestes o título de Heróis da Pátria por suas importantes e marcantes passagens na história do Brasil. "Eles estão entre os principais nomes na luta revolucionária, comunista, democrática, patriótica e socialista no País. Seus nomes jamais serão apagados da história, da memória do povo brasileiro", justificou.
Emiliano afirma que tanto Prestes quanto Marighella participaram decisivamente da vida política do País. "Prestes desde os anos 20 e Marighella a partir dos anos 30. Se encontram nos anos 30 no PCB. Depois foram presos e a partir daí passaram a militar juntos. Até o fim da vida se dedicaram à luta democrática. Se encontraram na reta final da vida. O essencial é que foram lutadores da liberdade e democracia, independente das diferenças momentâneas".
 
Da Assessoria Parlamentar.
Enviado por Eri Santos Castro.
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