O PT do Maranhão e o 'Caminho para a distância IV".
Há urgências, algumas de curto prazo, imediatas. Outras de médio e longo prazo, estratégicas.
No curtíssimo prazo, nada mais importante que barrar o impeachment que é golpe. O governo interino, fruto da traição e do conservadorismo de direita, e misturado à corrupção, levará o país, se continuar, a perder soberania, colocará os pobres e os trabalhadores de novo na subalternidade à que estiveram condenados historicamente, eliminará conquistas e direitos. Nas mobilizações, nas ruas, nos debates públicos, na desobediência civil, nada mais relevante que derrubar o governo golpista. Segundo, no curto prazo, participar das eleições municipais de outubro, discutir um programa de governo que recupere e valorize práticas e propostas emancipatórias, com participação popular, com políticas públicas de saúde, educação, agricultura familiar e camponesa agroecológicas, mais direitos e cidadania.
As eleições municipais fazem antever uma jornada de construção mais ampla e duradoura, em que programas de governo se consolidem como políticas públicas, o povo sendo protagonista. As urgências estratégicas não podem ser apenas delírios ou planos inexequíveis. Suas esperanças devem ter o pé fincado no chão, serem compreendidas pelas massas populares, tornar-se concretas, possíveis e vividas no cotidiano. Em qualquer hipótese, é uma longa luta, onde são fundamentais a perseverança, a humildade e o fazer coletivo.
Termino com Gonzaguinha, na voz poderosa de Betânia: “Começaria tudo outra vez,/ Se preciso fosse, meu amor./ A chama em meu peito/ Ainda queima, sabia,/ Não foi em vão…/ A fé no que virá/ E a alegria de poder/ Olhar pra trás/ E ver que voltaria com você/ De novo, viver/Nesse imenso salão./ Ao som desse bolero,/ Vida, vamos nós,/ E não estamos sós,/Veja, meu bem,/ A orquestra nos espera./ Por favor, mais uma vez recomeçar…”
Nenhum comentário:
Postar um comentário