4 de abr. de 2015

A cruz: um traço horizontal, outro vertical. A busca da elevação e superação em desespero e confiança. Somos imanência e transcendência!


“Jesus estará em agonia até o fim dos tempos” (Blaise Pascal, 1623-1662). Na cruz, que alguns carregam como enfeite até em ouro (suprema contradição), a dor permanente da humanidade: os explorados, os oprimidos, os invisibilizados, os sem direito aos direitos básicos de ter terra, teto, pão e trabalho. A cruz dos incompreendidos, dos solitários, dos deprimidos, do sem amor e carinho. A forma geométrica da cruz - um traço horizontal, outro vertical -, resume a grandeza humana, tantas vezes esquecida ou negada: somos chamados a abraçar solidariamente o mundo, os outros; e a buscar a elevação, a superação. Somos imanência e transcendência, desespero (“Meus Deus, porque me abandonaste?”) e confiança (“Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”).
Embora seja Deus transcendente, não se encontra à parte de sua criação: acha-se presente nesta através dos atributos de sua imanência: onipresença,onisciência e onipotência:
Foto: Cristo deixando o pretório, 1868, Gustave Doré, óleo sobre tela, 600 cm x 900 cm, Museu de Belas Artes, Nantes, França.

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