José Ribamar não largará o osso com facilidade |
O requerimento de Edinho havia sido aprovado de “contrabando”, como se diz na linguagem parlamentar. Ele foi colocado dentro de um projeto sobre outro tema, aprovado durante a madrugada, sem sequer chegar a ser lido em plenário.
A manobra para tentar atingir seu adversário no estado acabou abortada pela Mesa Diretora do Senado. Informações de bastidor do Senado dão conta que o senador José Sarney articulou pessoalmente a aprovação do projeto.
Ao se dar conta da manobra, foi apresentada questão de pela senadora Vanessa Graziotin, prontamente aceita pela Mesa Diretora do Senado.
Contrato anterior à gestão de Flávio Dino
A manobra pretendia debater no Senado o contrato da Embratur com empresa de informática. A denúncia surgiu em reportagem do jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney. Em fevereiro deste ano, quando surgiu a reportagem do jornal, a Embratur divulgou nota esclarecendo as denúncias.
Na nota, o órgão do governo federal explica que o contrato é anterior à gestão de Flávio Dino. E que, “em agosto de 2011, por decisão do recém-empossado presidente Flávio Dino, todos os contratos da Embratur sofreram auditoria compartilhada pela Controladoria Geral da União (CGU) e Auditoria Interna da Embratur”. “O trabalho foi concluído em março de 2012, quando a CGU não apontou nenhuma irregularidade ou fez qualquer ressalva em relação ao valor do contrato de informática, razão pela qual foi efetuada a renovação”, prossegue a nota.
Abaixo, a íntegra do documento, assinado pela Auditora-Chefe da Embratur, Nadja Maria Mehmeri Lordelo, e pela Coordenadora de Suporte Tecnológico, Mariza Garcia Avalone.
DIREITO DE RESPOSTA – ESCLARECIMENTO DA EMBRATUR
1
– O contrato abordado na matéria é de 2009, quando houve adesão a uma
Ata da Universidade Federal da Bahia. Na época, a adesão à Ata foi
antecedida de pesquisa de preços de mercado, com base no parque
tecnológico da Embratur, e não da citada Universidade. O valor do
contrato de 2009 era de R$ 5.169.147,48.
2
– Em agosto de 2011, por decisão do recém-empossado presidente Flávio
Dino, todos os contratos da Embratur sofreram auditoria compartilhada
pela Controladoria Geral da União (CGU) e Auditoria Interna da Embratur.
O trabalho foi concluído em março de 2012, quando a CGU não apontou
nenhuma irregularidade ou fez qualquer ressalva em relação ao valor do
contrato de informática, razão pela qual foi efetuada a renovação.
3
– Na renovação com a empresa de informática, em junho de 2012, a
Embratur optou pela redução dos serviços contratados, o que levou à
economia de quase 50% dos recursos públicos envolvidos, reduzindo o
valor total do contrato para R$ 2.999.999,97.
4
– Somente em agosto de 2013, após o término do contrato oriundo da
adesão à ata, a CGU passou a questionar aspectos do contrato, que foram
devidamente respondidos pela área técnica da EMBRATUR. Reiteramos o
ponto de vista técnico de que não há nenhuma despesa antieconômica no
citado contrato.
5
– As controvérsias técnicas ainda existentes serão debatidas perante o
Tribunal de Contas da União, que ainda vai julgar as contas de gestão
relativas ao ano de 2012.
6 – Esclarecemos que o parecer da CGU é que as contas do gestor Flávio Dino relativas a 2012 são regulares, e não irregulares.
Mariza Garcia Avalone
Coordenadora de Suporte Tecnológico
Nadja Maria Mehmeri Lordelo
Auditora-Chefe
Um comentário:
É simples. Se deve analisar isso com uma visão de prioridades. O sistema político brasileiro é cheio de burocracias que impedem de forma sumária muitos recursos.
Mas o que deve ser investigado? A forma como tentaram colocar o assunto à baila, ou o fato em si? Contratos milionários de verba desviada, ou como esse assunto deve ser debatido? Por isso esse país está como está.
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