7 de jul. de 2014

Bomba: O sócio de Edinho em hidrelétricas no Mato Grosso é acusado de desvio que somam R$ 200 milhões e já teve um avião apreendido


247 - O senador Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, tem um problema empresarial para resolver. Seu sócio em algumas pequenas centrais hidrelétricas, o empresário Filadelfo Dias, está sendo acossado pela Justiça do Mato Grosso. Dias já teve a aeronave PP-BER apreendida por ordem judicial e vem sofrendo diversas buscas judiciais em suas empresas, por supostos desvios que somam cerca de R$ 200 milhões.

Filadelfo se aproximou de Lobão Filho para investir no setor elétrico, apostando na capacidade de influência do filho do ministro de Minas e Energia. Mas deixou de honrar vários compromissos em relação a sócios e credores – e vem tendo, agora, seus bens arrestados. O Mato Grosso foi também escolhido como um dos principais pólos de atuação da Hytec, a construtora do senador Lobão Filho.


Leia, abaixo, noticiário do site MidiaNews sobre os problemas judiciais do sócio de Lobão Filho:

Juíza determina novas buscas nas empresas de Filadelfo Dias

Empresário teria desviado R$ 200 milhões de várias empresas que administrou no Pará

Juíza Maria Helena Ramos decretou a realização de busca e apreensão nas empresas de Filadelfo

ANTONIELLE COSTA
DO MATO GROSSO NOTÍCIAS


A juíza da 14ª Vara Cível de Cuiabá, Helena Maria Bezerra Ramos, decretou uma nova busca e apreensão nas empresas de Filadelfo Dias Reis, acusado, desta vez, de desvios de recursos de várias empresas que administrou no Estado do Pará. O valor supostamente desviado chega a R$ 200 milhões. 


A medida atacou um pedido em ação cautelar preparatória interposta pelas empresas Mafe Energia e Participações S/A, Curuá Energia S/A e Buriti Energia S/A., concessionárias de serviços públicos na geração de energia elétrica.


Além do desvio milionário, o empresário é acusado de omissão de receitas, apropriação de bens, simulação de negócios e falsificação de documentos das sociedades. 


Filadelfo ficou conhecido recentemente após ser preso duas vezes, acusado de ser mandado da tentativa de assassinato de seu ex-sócio Valdinei Mauro de Souza. Ele foi preso pela primeira vez em 24 de março no 

Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, mas acabou solto por decisão liminar proferida pela da desembargadora Maria Helena Gargaglione Povoas.


No dia 17 passado, ele teve nova prisão decretada, desta vez, pelo desembargador Rondon Bassil Filho, no entanto, ele só se apresentou a polícia no último dia 23. Segundo o magistrado, o empresário estaria fugindo das convocações policiais por mais de três meses e sua liberdade também poderia prejudicar a ordem pública e a instrução do processo.


“Nas datas 11.12.2012 (terça-feira), 29.01.2013 (terça-feira), 30.01.2013 (quarta-feira), 01.02.2013 (sexta-feira), 05.02.2013 (terça feira) e 08.02.2013 (sexta feira), os policiais civis estiveram no endereço do paciente, mas não conseguiram proceder a sua intimação, obtendo sempre a informação de seus funcionários de que estaria viajando. 


Logos depois, o próprio Rondon decidiu libertar o empresário.


Ação penal

Filadelfo é réu em ação penal na Justiça de Mato Grosso. Ele foi acusado pelo MPE de ser o mandante da tentativa de assassinato contra Valdinei e Wanderlei, após desavença referente à aquisição da Fazenda Ajuricaba, propriedade rural com alto potencial aurífero, localizada em Várzea Grande.


Conforme a denúncia do MPE, a primeira ameaça de morte que Filadelfo teria feito a Valdinei teria ocorrido ainda em janeiro de 2012, meses depois da sociedade entre eles se desfazer. 


Em abril do mesmo ano, Valdinei comprou em sociedade com Wanderlei a Fazenda Ajuricaba, propriedade na qual Filadelfo também estaria interessado. 


Em seguida, Filadelfo e Marcelo teriam contratado João Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior, André de Souza Neves para assassinar Valdinei e Wanderlei. 


Eles teriam seguido as vítimas dentro da fazenda e efetuados ao menos 30 disparos, que só não atingiram as vítimas graças à blindagem do carro em que estavam. Os executores da tentativa de homicídio ainda teriam roubado cerca de 100 quilos de ouro bruto, aparelhos celulares, um detector de metal e outros pertences.

A denúncia já foi atacada e o empresário passou a ser réu na Justiça.


Leia, ainda, nota publicada na revista Veja sobre os negócios de Lobão Filho no Mato Grosso:



A construtora do clã de Lobão, o ministro das Minas e Energia, recebeu mais de 100 milhões de reais do governo só em 2012 (Foto: Agência Brasil)

Nota de Otávio Cabral, publicada em edição impressa de VEJA


O VOO DA GRANDE FAMÍLIA

O monomotor de prefixo PR-LOB desembarcou um dia desses em Cuiabá, Mato Grosso, trazendo a bordo o senador Lobão Filho, do PMDB do Maranhão, e seu irmão, Luciano Lobão, dono da empreiteira Hytec.


O avião é a última aquisição da família, cujo patriarca é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. [O senador é suplente do pai, em exercício enquanto este permanecer no governo.] A construtora, o principal negócio do clã, multiplicou seu faturamento nos últimos anos. Desde 2011, é responsável por obras de saneamento do PAC no interior do Maranhão.


No fim de 2012, ganhou um contrato de 23 milhões de reais para obras da Copa do Mundo em Mato Grosso, estado que também é comandado pelo PMDB. Somente em 2012, a empresa recebeu mais de 100 milhões de reais do governo federal.


A passagem de Lobão pelo ministério fez bem a ele e a seus lobinhos.

Saiu no 247 Mato Grosso, confira aqui! 
Enviado por Eri Santos Castro.
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