Empresário Filadelfo Dias, que é sócio
do senador Lobão Filho (PMDB-MA) em pequenas centrais hidrelétricas no
estado do Mato Grosso, já teve a aeronave apreendida e é acusado de
desvios que somam R$ 200 milhões em várias empresas no Pará; aproximação
com o senador foi uma aposta na capacidade de influência do filho do
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão
247 - O senador Lobão Filho
(PMDB-MA), filho do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, tem um
problema empresarial para resolver. Seu sócio em algumas pequenas
centrais hidrelétricas, o empresário Filadelfo Dias, está sendo acossado
pela Justiça do Mato Grosso. Dias já teve a aeronave PP-BER apreendida
por ordem judicial e vem sofrendo diversas buscas judiciais em suas
empresas, por supostos desvios que somam cerca de R$ 200 milhões.
Filadelfo se aproximou de Lobão Filho para investir no
setor elétrico, apostando na capacidade de influência do filho do
ministro de Minas e Energia. Mas deixou de honrar vários compromissos em
relação a sócios e credores – e vem tendo, agora, seus bens arrestados.
O Mato Grosso foi também escolhido como um dos principais pólos de
atuação da Hytec, a construtora do senador Lobão Filho.
Leia, abaixo, noticiário do site MidiaNews sobre os problemas judiciais do sócio de Lobão Filho:
Juíza determina novas buscas nas empresas de Filadelfo Dias
Empresário teria desviado R$ 200 milhões de várias empresas que administrou no Pará
Juíza Maria Helena Ramos decretou a realização de busca e apreensão nas empresas de Filadelfo
ANTONIELLE COSTA
DO MATO GROSSO NOTÍCIAS
DO MATO GROSSO NOTÍCIAS
A juíza da 14ª Vara Cível de Cuiabá, Helena Maria Bezerra
Ramos, decretou uma nova busca e apreensão nas empresas de Filadelfo
Dias Reis, acusado, desta vez, de desvios de recursos de várias empresas
que administrou no Estado do Pará. O valor supostamente desviado chega a
R$ 200 milhões.
A medida atacou um pedido em ação cautelar preparatória
interposta pelas empresas Mafe Energia e Participações S/A, Curuá
Energia S/A e Buriti Energia S/A., concessionárias de serviços públicos
na geração de energia elétrica.
Além do desvio milionário, o empresário é acusado de
omissão de receitas, apropriação de bens, simulação de negócios e
falsificação de documentos das sociedades.
Filadelfo ficou conhecido recentemente após ser preso duas
vezes, acusado de ser mandado da tentativa de assassinato de seu
ex-sócio Valdinei Mauro de Souza. Ele foi preso pela primeira vez em 24
de março no
Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande,
mas acabou solto por decisão liminar proferida pela da desembargadora
Maria Helena Gargaglione Povoas.
No dia 17 passado, ele teve nova prisão decretada, desta
vez, pelo desembargador Rondon Bassil Filho, no entanto, ele só se
apresentou a polícia no último dia 23. Segundo o magistrado, o
empresário estaria fugindo das convocações policiais por mais de três
meses e sua liberdade também poderia prejudicar a ordem pública e a
instrução do processo.
“Nas datas 11.12.2012 (terça-feira), 29.01.2013
(terça-feira), 30.01.2013 (quarta-feira), 01.02.2013 (sexta-feira),
05.02.2013 (terça feira) e 08.02.2013 (sexta feira), os policiais civis
estiveram no endereço do paciente, mas não conseguiram proceder a sua
intimação, obtendo sempre a informação de seus funcionários de que
estaria viajando.
Logos depois, o próprio Rondon decidiu libertar o empresário.
Ação penal
Filadelfo é réu em ação penal na Justiça de Mato Grosso.
Ele foi acusado pelo MPE de ser o mandante da tentativa de assassinato
contra Valdinei e Wanderlei, após desavença referente à aquisição da
Fazenda Ajuricaba, propriedade rural com alto potencial aurífero,
localizada em Várzea Grande.
Conforme a denúncia do MPE, a primeira ameaça de morte que
Filadelfo teria feito a Valdinei teria ocorrido ainda em janeiro de
2012, meses depois da sociedade entre eles se desfazer.
Em abril do mesmo ano, Valdinei comprou em sociedade com
Wanderlei a Fazenda Ajuricaba, propriedade na qual Filadelfo também
estaria interessado.
Em seguida, Filadelfo e Marcelo teriam contratado João
Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe
Rodrigues de Souza Júnior, André de Souza Neves para assassinar
Valdinei e Wanderlei.
Eles teriam seguido as vítimas dentro da fazenda e
efetuados ao menos 30 disparos, que só não atingiram as vítimas graças à
blindagem do carro em que estavam. Os executores da tentativa de
homicídio ainda teriam roubado cerca de 100 quilos de ouro bruto,
aparelhos celulares, um detector de metal e outros pertences.
A denúncia já foi atacada e o empresário passou a ser réu na Justiça.
Leia, ainda, nota publicada na revista Veja sobre os negócios de Lobão Filho no Mato Grosso:
A construtora do clã de Lobão, o ministro das
Minas e Energia, recebeu mais de 100 milhões de reais do governo só em
2012 (Foto: Agência Brasil)
Nota de Otávio Cabral, publicada em edição impressa de VEJA
O VOO DA GRANDE FAMÍLIA
O monomotor de prefixo PR-LOB desembarcou um dia desses
em Cuiabá, Mato Grosso, trazendo a bordo o senador Lobão Filho, do PMDB
do Maranhão, e seu irmão, Luciano Lobão, dono da empreiteira Hytec.
O avião é a última aquisição da família, cujo patriarca é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. [O senador é suplente do pai, em exercício enquanto este permanecer no governo.]
A construtora, o principal negócio do clã, multiplicou seu faturamento
nos últimos anos. Desde 2011, é responsável por obras de saneamento do
PAC no interior do Maranhão.
No fim de 2012, ganhou um contrato de 23 milhões de reais
para obras da Copa do Mundo em Mato Grosso, estado que também é
comandado pelo PMDB. Somente em 2012, a empresa recebeu mais de 100
milhões de reais do governo federal.
A passagem de Lobão pelo ministério fez bem a ele e a seus lobinhos.
Saiu no 247 Mato Grosso, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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