19 de mai. de 2014

Análise de mídia: Veja vai pro ataque contra Lula, via Rosemary Noronha

VejaÉpoca e CartaCapital apelam para o futebol, em suas manchetes. A primeira com Cristiano Ronaldo, a segunda com Felipão, a terceira com (denúncias contra) Ricardo Teixeira e João Havelange. IstoÉ fala de 30 aplicativos “que vão mudar sua vida”.

 A Veja abre a seção Brasil com seis páginas contra o PT. A primeira é sobre Rosemary Noronha: “A chantagem funcionou”. A revista diz que ela tentou envolver Dilma e dois ministros “no escândalo”. A base é um diálogo onde ela diz quais as pessoas que gostaria de listar como testemunhas. Como Gilberto Carvalho e Erenice Guerra. O texto diz que a pressão funcionou, pois Paulo Okamotto cuidou de necessidades imediatas de sua família durante o processo.

Em seguida, Veja faz duas páginas sobre a propaganda televisiva do PT. Título: “Sem medo de apelar”. Mais à frente, a revista diz que foi identificado no interior o segundo homem que ameaçou Joaquim Barbosa, “mais um militante virtual do PT”. Na página seguinte, com foto de Aloizio Mercadante, um ataque ao governo, a partir do tema inflação. Na última página, J. R. Guzzo descreve Dilma como uma pessoa com dificuldades de elaborar um raciocínio.

Antes do especial caça-níqueis sobre Cristiano Ronaldo, duas páginas associando Copa do Mundo ao caos: “Este é o país da Copa”. Com foto de traficantes comemorando gol com fuzis, loja depredada no Recife e uma capa da Der Spiegel com a bola oficial pegando fogo.

Época abre sua sequência de editoriais falando de “tolerância do governo Dilma com a inflação”, que explicaria a temporada de greves. Título: “Vamos virar uma Argentina?”

(ANÁLISE: Veja e Época praticam o discurso do medo.)
Guilherme Fiuza, como de hábito, ataca Lula. Com menções a Dias Toffoli, “mensaleiros” e Rosemary Noronha.

A revista dedica seis páginas a reportagem sobre o Postalis, fundo de pensão dos Correios. A chamada diz que evidências de corrupção atingem afilhados de Edison Lobão e Renan Calheiros.

Época tem abre de três páginas para marqueteiro Chico Santa Rita. A explicação para tamanho espaço aparece quando ele conta que pensou em fazer uma campanha que fosse “Campos e Aécio, vote em quem tiver mais condições de ganhar do PT”. A pergunta era sobre mensalão.



IstoÉ traz as seguintes chamadas relevantes, sobre PT e Lula:

1) “O PT que mete medo”. “Contrariando a estratégia eleitoral que levou o PT ao poder com Lula em 2002, campanha de Dilma tenta disseminar o pânico para estancar a queda de popularidade”.

2) “O medo que o PT tem”. “Deterioração das relações entre o PT e movimentos sociais leva o governo a enfrentar uma onda de protestos e greves pelo País. Dilma teme que mobilizações, engrossadas por oportunistas, se intensifiquem durante a Copa e prejudiquem a reeleição”.

3) “Nome de Lula aparece no caso Berlusconi”. “Na carta em que extorquia o ex-premiê italiano, o jornalista Valter Lavitola, hoje preso, diz que o Lula o ajudou num polêmico negócio de madeiras na Amazônia. Justiça da Itália já ouviu Pizzolato”.

4) “Adiando o pacote de maldades”. “Mas ele virá: o governo só não aumentou tarifas e impostos para evitar prejuízos nas urnas. A questão é saber por quanto tempo será possível resistir”.

Com Análise de Mídia. 

Enviado por Eri Santos Castro.

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