17 de jan. de 2014

Temendo intervenção federal, Governo do Estado diz que motim foi “princípio de tumulto” controlado em Pedrinhas

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A estratégia é esconder tudo! Dizer que tudo está sendo contido pela polícia, sob controle. Dessa forma, se não há informações, consequentemente acabou a crise. Tudo que Roseana Sarney quer nesse momento.
Ora, se a maioria esmagadora da sociedade tem “nojo” de detentos, principalmente após a morte da menina Ana Clara, evidentemente que, agora, a tendência é acreditar em tudo que venha da polícia de dentro de Pedinhas. Mas, a história não é a que alguns meios de comunicação vem repassando.
Por volta das 14h de ontem quinta-feira 17/01, a Sejap repassou à imprensa que um princípio de tumulto foi registrado no bloco A da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas.
De acordo com nota enviada pela Sejap, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) contiveram os presos. A Força Nacional também participou da ação, mas dentro do que estava estabelecido como “rotina”, segundo a pasta.
“Estão falando que está tudo tranquilo, mas nós ouvimos tiros lá dentro. O pessoal tem que entender que quem está lá dentro tem família aqui fora. Ninguém dá informação de nada”, reclamou Marcilene Silva, que é mãe de um preso estava em frente ao complexo.
Sobre os disparos de tiros ouvidos pelas mães dos detentos, a Sejap prefere o silêncio. Durante a revista de ontem, o sistema de circuito de câmaras foi mais uma vez desligado, segundo uma mãe de detento, para esconder a violência praticada contra os detentos,
Para o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Raimundo Sá, “A revista é um procedimento padrão, porque, como os presos estavam batendo nas grades, eles poderiam estar querendo desviar a atenção da polícia. Entre as reivindicações dos detentos está a celeridade dos processos, a retirada do choque de dentro de Pedrinhas e visitas”, afirmou Sá.
Desde segunda-feira (13), os presos estão protestando contra a má qualidade na comida, a falta de assistência médica, tortura e, principalmente, a demora no julgamento de processos pela justiça.
A verdade que a  Sejap esconde a pedido do Palácio dos Leões é que a situação continua fervendo em Pedrinhas. O Estado vive hoje a pior crise da história do sistema prisional, segundo entidades que andaram fazendo levantamento da situação carcerária do Maranhão, por conta da irresponsabilidade da governadora Roseana Sarney.
Mães de detentos em desespero após ouvirem tiros dentro de Pedinhas
Mães de detentos em desespero após ouvirem tiros dentro de Pedinhas
O Blog do Domingos Costa apurou que mesmo com o Choque da Polícia Militar, da Força Nacional e Grupo Especial de Operações Penitenciárias não são capazes de evitar novas rebeliões como a de ontem, quando num motim os detentos quebraram tudo; grades, cadeados, houve até princípio de incêndio. Os presos reclamam da superlotação, o local onde eles estão, tem vaga pra 160 presos, mas abriga mais de 300.
O motivo do Governo esconder as verdades dos fatos que acontecem diariamente em Pedinhas, são pelas mesmas razões de não ter permitido a Comissão de Senadores adentrar nos locais mais críticos do Complexo Penitenciário de Pedinhas.
Enquanto o governo diz que tudo está sendo controlado, e esconde a verdade dos fatos, deixa uma lacuna imensa para alguns setores indagarem se no motim ou rebelião de ontem, houve morte e/ou decapitações.
Será?
Do Blogue Domingos Costa, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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