10 de set. de 2013

O suicídio como forma radical de negação da existência não pode ser reduzido ao contexto religioso, por Daniel Mendes


O suicídio desse baterista de um grupo de rock paulista ativou mais uma vez um rosário de comentários no facebook afirmando que o que faltou a ele foi ter Deus no coração. É sempre assim, uma forma velada de preconceito contra os descrentes, os ateus, como se a única moldura ética da vida fosse a religiosa. Como se a retidão na vida dependesse de uma crença. O subtexto é de que não se pode confiar nos ateus, pois com o coração vazio de Deus eles são capazes de todo o mal. Outro dia no Piauí um padre se suicidou e não vi ninguém falando que faltou Deus.

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