Recentemente descobrimos documentos da Assembleia Legislativa de São Paulo que mostram o envolvimento do Sr. José Maria Marin, ex-deputado, atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na morte do jornalista Vladimir Herzog. No início de outubro de 1975, Marin fez um pronunciamento pedindo providências do Estado contra a TV Cultura, que estava “trazendo intranquilidade para os lares paulistanos”. Ali trabalhava Vlado, duas semanas depois preso e assassinado.
Se não bastasse, um ano após o crime, Marin usou novamente a tribuna da Assembléia para agradecer ao famigerado delegado Sérgio Fleury pelos valorosos serviços prestados, pela sua bravura. Do que ele estava falando? Do trabalho executado por Fleury, prendendo opositores da ditadura, torturando-os e assassinando-os.
A lei torta de Anistia do Brasil impede que seja feita justiça contra os protagonistas desse período terrível da nossa história recente. Se não podemos punir Marin, que ele não seja recompensado com as chaves do Brasil no seu maior evento esportivo.
É ultrajante imaginar essa pessoa como anfitrião da Copa de 2014, recebendo centenas de autoridades internacionais em nome do nosso país.
Por conta disto, iniciei uma petição na internet pedindo a saída de Marin da CBF. Quando atingirmos 50.000 assinaturas farei 28 cópias deste documento: uma para cada federação estadual de futebol e uma para a CBF.
Até a semana passada a CBF se recusava a comentar o assunto, dizendo que se tratava de algo ligado à vida pessoal de Marin.
Leia mais em Fora, Marin!
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