Ante a possibilidade de um
encontro, hesitava. Como se achegar? Perguntaria o quê? Arriscaria uma
avaliação indesejada por parte dessa pessoa? Ela era quem dizia ser ou representava? Incrível
que essas dúvidas assaltassem sua mente.
Nunca fora disso. Nem precisaria relembrar as inúmeras vezes que arriscara em viagens nas quais o único contato se resumia a uma conversa rápida por telefone. A pessoa que respondia as perguntas entendia perfeitamente as suas intenções? Duvidava.
Era esse o seu papel. Duvidar. Aquela ida a Urbano Santos se iniciara dessa forma. Ela escrevera um comentário sobre Dostoievski e dessa forma teve coragem para se aproximar.
Achou incrível encontrar nela alguém que goste de Dostoievski. As pessoas para quem ligava e perguntava sobre a produção de bacuri no Baixo Parnaiba, na maioria das vezes sindicalistas, eram solicitas. Quem mora no interior do Maranhão se desprende das coisas bem mais fácil do que as pessoas que moram na capital.
O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Urbano Santos apontara as áreas do município que produziam mais bacuris. Justamente, as áreas mais distantes. Só Deus e alguns mortais comuns puseram seus pés sobre aquela terra em outros tempos.
As comunidades de São Raimundo, Bom Principio e Bracinho se situam nas fronteiras de Urbano Santos com Anapurus e Santa Quitéria. Elas venceram os projetos que pretendiam desmatar as suas Chapadas e assim produzir carvão vegetal e plantar eucalipto.
Os projetos da Suzano Papel e Celulose e do senhor Evandro Loeff alargariam os plantios de eucalipto em mais de dez mil hectares. Os moradores de Bebedouro, povoado vizinho a Bracinho, comportaram-se de maneira reprovável. Eles receberam do governo do Maranhão o título da terra. Logo depois, desfizeram-se da sua terra, pois venderam uma parte a Suzano e a outra ao Evandro Loeff.
Sem área para plantarem e sem área para coletarem frutos, sobrou aos moradores de Bebedouro roçarem a área de Bracinho sem pedirem permissão e apanharem bacuri em São Raimundo e Bom Principio também sem permissão.
Os desmatamentos na Chapada os prejudicaram tanto que, imediatamente, quiseram recuperar o prejuízo. Não havia mais retorno, respondeu o Juiz Jorge Moreno às suas perguntas, pois pactuaram com o demo.
Quase certo que os moradores de Bebedouro ansiavam por uma mágica e a resposta do juiz foi que nenhum truque os salvaria.
Nunca fora disso. Nem precisaria relembrar as inúmeras vezes que arriscara em viagens nas quais o único contato se resumia a uma conversa rápida por telefone. A pessoa que respondia as perguntas entendia perfeitamente as suas intenções? Duvidava.
Era esse o seu papel. Duvidar. Aquela ida a Urbano Santos se iniciara dessa forma. Ela escrevera um comentário sobre Dostoievski e dessa forma teve coragem para se aproximar.
Achou incrível encontrar nela alguém que goste de Dostoievski. As pessoas para quem ligava e perguntava sobre a produção de bacuri no Baixo Parnaiba, na maioria das vezes sindicalistas, eram solicitas. Quem mora no interior do Maranhão se desprende das coisas bem mais fácil do que as pessoas que moram na capital.
O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Urbano Santos apontara as áreas do município que produziam mais bacuris. Justamente, as áreas mais distantes. Só Deus e alguns mortais comuns puseram seus pés sobre aquela terra em outros tempos.
As comunidades de São Raimundo, Bom Principio e Bracinho se situam nas fronteiras de Urbano Santos com Anapurus e Santa Quitéria. Elas venceram os projetos que pretendiam desmatar as suas Chapadas e assim produzir carvão vegetal e plantar eucalipto.
Os projetos da Suzano Papel e Celulose e do senhor Evandro Loeff alargariam os plantios de eucalipto em mais de dez mil hectares. Os moradores de Bebedouro, povoado vizinho a Bracinho, comportaram-se de maneira reprovável. Eles receberam do governo do Maranhão o título da terra. Logo depois, desfizeram-se da sua terra, pois venderam uma parte a Suzano e a outra ao Evandro Loeff.
Sem área para plantarem e sem área para coletarem frutos, sobrou aos moradores de Bebedouro roçarem a área de Bracinho sem pedirem permissão e apanharem bacuri em São Raimundo e Bom Principio também sem permissão.
Os desmatamentos na Chapada os prejudicaram tanto que, imediatamente, quiseram recuperar o prejuízo. Não havia mais retorno, respondeu o Juiz Jorge Moreno às suas perguntas, pois pactuaram com o demo.
Quase certo que os moradores de Bebedouro ansiavam por uma mágica e a resposta do juiz foi que nenhum truque os salvaria.
Por Mayron Régis.
Enviado por Eri Santos Castro.
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