E o exemplo que vem da Oceania
Ao concluir a visita que fizemos à Oceania, percebemos que a construção
da política estadual para a bovinocultura de corte e de leite está no
rumo certo. Reativamos as Câmaras Setoriais e Temáticas na Secretaria da
Agricultura, estabelecemos um diálogo produtivo e permanente com
representantes de todas as cadeias, realizamos seminários de
planejamento estratégico e, em parceria que une governo, entidades e
iniciativa privada, estamos finalizando programas que devem qualificar e
ampliar, ainda mais, a produção.
Voltamos convencidos da
necessidade de se promover o desenvolvimento completo das cadeias
produtivas, a partir de uma visão sistêmica, tendo como objetivo final a
verticalização da produção. Tal como o que é praticado na Nova
Zelândia, líder mundial na exportação de leite, e na Austrália, líder no
segmento carne bovina, estamos reestruturando os controles sanitários,
com investimentos pesados na modernização das estruturas, aquisição de
equipamentos e qualificação do pessoal, preparando-nos para
rastreabilidade.
A identificação individual do rebanho permite
melhor gerenciamento da propriedade, pois é uma potente ferramenta de
planejamento a partir das informações de desempenho que disponibiliza.
Oferece, ainda, segurança alimentar aos consumidores, que sabem onde e
em que condições foi produzido o que irá consumir. Mas, o mais
importante da rastreabilidade é a segurança sanitária.
Hoje, na
Austrália, o tempo de identificação de eventuais focos de doença,
isolamento da área e o início do processo de investigação é muito
rápido. Isso dá segurança aos compradores de carne, cada vez mais
exigentes quanto as questões sanitárias. Eles, que vendem para Japão e
Coréia, por exemplo, não enfrentam problemas com a mais temida barreira
utilizada hoje no mundo, a barreira sanitária, tão presente em nossas
relações comerciais, como no recente embargo russo.
Também
temos que referenciar geograficamente nossa produção, para ressaltar
nossos diferenciais em relação a outros estados brasileiros e a outros
países, que nos permitem criar animais à campo, alimentados com pastos
nativos, e não em confinamentos.
Nos dois países há institutos
integrados pelo governo, produtores e órgãos de pesquisa, que funcionam
como centros de inteligência, reunindo informações, produzindo estudos,
elaborando políticas de melhoramento e fomento à produção. Governo e
iniciativa privada plenamente integrados na promoção dos negócios mais
importantes das suas pautas de exportação. Nós vamos criar os nossos.
Estamos nos preparando para produzir mais, em quantidade e em
qualidade, para atender o consumo interno e buscar, no exterior,
mercados mais exigentes e que remuneram melhor. Para aumentar a renda do
produtor e fortalecer a economia do Estado.
Luiz Fernando Mainardi (Dep. Estadual e Secretário daAgricultura do RS).
Enviado por Eri Santos Castro.
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