6 de ago. de 2012

Agropecuária: o exemplo que vem do Rio Grande do Sul

 
E o exemplo que vem da Oceania
Ao concluir a visita que fizemos à Oceania, percebemos que a construção da política estadual para a bovinocultura de corte e de leite está no rumo certo. Reativamos as Câmaras Setoriais e Temáticas na Secretaria da Agricultura, estabelecemos um diálogo produtivo e permanente com representantes de todas as cadeias, realizamos seminários de planejamento estratégico e, em parceria que une governo, entidades e iniciativa privada, estamos finalizando programas que devem qualificar e ampliar, ainda mais, a produção.

Voltamos convencidos da necessidade de se promover o desenvolvimento completo das cadeias produtivas, a partir de uma visão sistêmica, tendo como objetivo final a verticalização da produção. Tal como o que é praticado na Nova Zelândia, líder mundial na exportação de leite, e na Austrália, líder no segmento carne bovina, estamos reestruturando os controles sanitários, com investimentos pesados na modernização das estruturas, aquisição de equipamentos e qualificação do pessoal, preparando-nos para rastreabilidade.

A identificação individual do rebanho permite melhor gerenciamento da propriedade, pois é uma potente ferramenta de planejamento a partir das informações de desempenho que disponibiliza. Oferece, ainda, segurança alimentar aos consumidores, que sabem onde e em que condições foi produzido o que irá consumir. Mas, o mais importante da rastreabilidade é a segurança sanitária.

Hoje, na Austrália, o tempo de identificação de eventuais focos de doença, isolamento da área e o início do processo de investigação é muito rápido. Isso dá segurança aos compradores de carne, cada vez mais exigentes quanto as questões sanitárias. Eles, que vendem para Japão e Coréia, por exemplo, não enfrentam problemas com a mais temida barreira utilizada hoje no mundo, a barreira sanitária, tão presente em nossas relações comerciais, como no recente embargo russo.

Também temos que referenciar geograficamente nossa produção, para ressaltar nossos diferenciais em relação a outros estados brasileiros e a outros países, que nos permitem criar animais à campo, alimentados com pastos nativos, e não em confinamentos.

Nos dois países há institutos integrados pelo governo, produtores e órgãos de pesquisa, que funcionam como centros de inteligência, reunindo informações, produzindo estudos, elaborando políticas de melhoramento e fomento à produção. Governo e iniciativa privada plenamente integrados na promoção dos negócios mais importantes das suas pautas de exportação. Nós vamos criar os nossos.

Estamos nos preparando para produzir mais, em quantidade e em qualidade, para atender o consumo interno e buscar, no exterior, mercados mais exigentes e que remuneram melhor. Para aumentar a renda do produtor e fortalecer a economia do Estado.


Luiz Fernando Mainardi (Dep. Estadual e Secretário daAgricultura do RS).
Enviado por Eri Santos Castro.
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