19 de mai. de 2011

O governo do Maranhão e a missão do vice-governador Washington Luiz




"Ser maranhense é admirar o francês Falar bem o português Empregar o "TU" naturalmente Com flexão verbal fluente É vagar no reviver Do nascer do sol ao anoitecer Ser erudito e popular Sem contudo ser vulgar É brincar o bumba boi Dançar o reggae ao lu......ar Lembrar a criança que foi E soltar pipa no ar É degustar o caranguejo Comer arroz de cuxá Saber olhar um casarão Sem com ele se assombrar É singrar a vastidão do mar È acompanhar o divino E com o badalar do sino Ir a igreja rezar É orgulhar-se da sua história Trazer na memória a sua glória È poder reverenciar Nauro, Montello e Ferreira Gullar." Profª Maria Inêz


Maranhão: uma terra de oportunidades

Enquanto o agronegócio maranhense batia recordes de produção, exportações e faturamento em vinte anos, centenas de milhares de maranhenses fugiam do campo. 

Hoje, mais da metade da população maranhense vive na pobreza extrema, segundo o IBGE. Grito da Terra 2011 pede 'ações emergencias' contra pobreza rural.

O PT, que oficialmente participa do governo de Roseana Sarney, precisa ver essa urgência e disputar o rumo desse governo, com a força da relação com a presidenta Dilma. Não há outra equação. Não há tempo para perder, a doença da miséria não espera e é implacável.

Daí ser natural e emergencial a ocupação de espaços federais, no Maranhão, pelo PT. O Incra assume uma trincheira indispensável, assim como a superintendência do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Associado ao governo federal, a vive-governadoria pode influenciar positivamente e estrategicamente o governo Roseana Sarney, disputando, no caso, a sua hegemonia interna, conquistando sonhos, como:  educação para todos,  erradicando o analfabetismo, universalizando a inclusão digital e aumentando o acesso à faculdade;  geração de renda com o fortalecimento da pesca, criação e da agricultura familiar; da geração de empregos, profissionalizando a nossa mão-de-obra, industrializando o nosso estado, garantindo a vinda da refinaria e de outras indústrias;  saúde para todos, combatendo com veemência a corrupção; do combate à taipa, realizando o sonho da casa própria na cidade e no campo; da democratização da políticas públicas, criando e fortalecendo os diversos  conselhos setoriais e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, com participação não somente do governo, mas fundamentalmente da sociedade civil organizada;  segurança cidadã, um conceito praticamente universal no Brasil; de estradas seguras e de qualidade.

Ademais, outro elemento que constitui o projeto revolucionário do PT é a transferência direta de renda. A vice-governadoria deverá lutar para a criação de um fundo para custear uma espécie de bolsa família estadual.

Portanto, em sintonia com governo federal, a vice-governadoria tem que ter consciência que o grupo político aliado  já teve a chance de erradicar a miséria maranhense diversas vezes. O vice-governador Washington Luiz deve agir como ator sensibilizador e aglutinador daqueles que têm urgência em construir o Maranhão enquanto uma terra de oportunidades, sem contenções sociais, econômicas e políticas. O vice-governador já foi testado em outras 'missões impossíveis'.

Sabemos que a disputa interna com grupos conservadores é extremamente desgastante. Desde de Roma até nossos dias, esses grupos, representados por atores reacionários, agem tentando criminalizar seus adversários externos e não poupando  os internos. 

A história é pródiga em  revelar diversos episódios na nossa própria aldeia. Afinal, quem motiva as ações da PF no Incra contra o PT? Diante de tantos ex-prefeitos, por que somente os nomes de Fernando Magalhães e Paulo Romão figuram no escândalo das bolsas da Fapema? 

Por que insistem em criminalizar,  sem apuração definitiva, as ações do empresário Magalhães, associando-o veladamente ao PT? Por que insistem em envolver o nome de Monteiro- uma pessoa reconhecidamente  humilde e sem riquezas- em escândalos de milhões no Incra?  E a Secretaria de Educação?

Isso tudo tem motivações e respostas. Claro que não é uma ação deliberada do governo estadual contra o PT. Essas ações são de setores do governo que trabalham cenários, diferentes do PT, para 2012 e 2014, no Maranhão. Somente o pensamento e o trabalho revolucionário superará as adversidades. Hegemonia é a conquista de aliados para um determinado projeto e não a sua eliminação.

Nas eleições municipais, o PT que tem a 26% de simpatia da população, enquanto o PMDB e PSDB beliscam 6% e 5% da preferência do eleitorado respectivamente, tem que ter seu próprio projeto e não ser ator coadjuvante dessas forças conservadoras.

O centro da tática é o fortalecimento do PT, elegendo algumas dezenas de prefeitos e centenas de vereadores. Somente fortes conseguiremos imprimir uma dinâmica própria de vitória desse nosso projeto.

A exigência de repactuar o PT do Maranhão

Por outro lado, precisamos repactuar o partido no Maranhão. Os elementos que nos unificam são maiores daqueles que nos distanciam. Um PT forte passa em não vetarmos companheiros de partido, que pensam diferente de uma maioria momentânea.

Por isso, a soberania dos Encontros Municipais, que decidirão sobre a tática eleitoral de 2012 e a ocupação proporcional dos espaços do governo federal são elementos fundamentais para a repactuação do PT rumo a vitória de todos nós, que a vitória dos trabalhadores e desempregados maranhenses contra a falta de oportunidades para todos. Do contrário, nada valeu a pena, pois nossa alma foi pequena.

Enviado por Eri Santos Castro.
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