20 de nov. de 2010

LAS VEGAS

Sempre que se fala em aumento do salário mínimo ouve-se, em dó maior, uma grita geral, ah e as contas da previdência, e as contas das Prefeituras, e as contas dos Governos estaduais, ah como é que isso vai ficar?

Agora, a grita tem mais um refrão, esse de que o Orçamento da União não vai ter como aguentar. 

Daí as fórmulas mágicas como essa de ressuscitar a CPMF e essa última de legalizar os bingos porque legalizando a jogatina, leia-se legalizar a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas e o que mais não serve ao soerguimento de uma sociedade sadia de princípios éticos e morais, que valorize o trabalho e não a malandragem, pode dar uma arrecadação tributária de uns 7 bilhões anuais.

Como em tudo há que se levar em conta a relação custo - beneficio, vamos convir que nada disso do que se propõe compensa.

Estima-se que a União Federal, apenas a União Federal, gastará um pouco mais de 99 bilhões de reais no ano que vem só com remuneração e encargos.

O caminho a seguir, porém, não é aumentar impostos ou ressuscitar a danosa CPMF nem legalizar as fronteiras do crime como se o País para equilibrar suas contas públicas tivesse que ser o grande antro da jogatina e seus danosos periféricos.

A receita é simples, comadre, e ninguém inventou outra. Sempre que se gasta mais do que se arrecada, o correto é reduzir os gastos. Até se alcançar o equilíbrio. Mas com inteligência, serenidade e compaixão. Só isso. Custe o que custar.
-- EDSON VIDIGAL

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