20 de nov. de 2010

CONSCIÊNCIA PELA QUESTÃO QUILOMBO/QUILOMBOLA NO MARANHÃO

 
        Muito ôba-ôba desde a proclamação durante o segundo império brasileiro, abolindo a mão-de-obra escrava importada do território africano, diante do poderio político e econômico da elite, em nada contribuiu para amenizar a instável sobrevivência de ex-escravos africanos espalhados em quase todas as regiões brasileira, até o surgimento do decreto assinado pelo presidente Lula garantindo o reconhecimento e o funcionamento de Quilombos.
       Enquanto na America espanhola, francesa e inglesa n questão da abolição da mão-de-obra de africanos escravizados em terras americanas, predominou a concessão de terras para famílias de ex-escravos, no Brasil os ex-escravos logo após a abolição da escravatura, predominou o prolongamento de festividades comemorativa ao ato da princesa Isabel, sem, contudo que fossem garantidas terras para as famílias de ex-escravos a exemplo do que estava acontecendo em terras americanas.
       A exemplo do Maranhão onde algumas famílias donas de fazendas geralmente pela falta de quem conduzir sem escravos os negócios, foram obrigadas a doar parte de suas terras a algumas ex-escravas, surgiram ou foram fortalecidos inúmeros núcleos de escravos fugidos e de ex-escravos, denominados de Quilombos. A partir de quando tem sido grilados ou objeto da especulação imobiliária, com a conivência inclusive dos órgãos fundiários do governo maranhense.
      O Decreto assinado pelo presidente Lula, reconhecendo Quilombos inclusive os existentes em território do Maranhão, não tem sido este diploma legal muito bem trabalhado pela 12ªSR(MA)INCRA e muito menos pelo Instituto de Terras do Estado do Maranhão-ITERMA, certamente porque entendem esses organismos fundiários que deva continuar prevalecendo o interesse capitalista e especulativo de grileiros importantes das terras de nossos históricos Quilombos, e não o reconhecimento histórico garantindo o interesse socioeconômico de Quilombolas em território maranhense.
     Tomara que os Quilombos e os Quilombolas sejam prioridades do melhor governo da vida da Drª Roseana Sarney, uma questão promissora já que envolve a Agricultura Familiar Sustentável, garantindo produção, renda e qualidade de vida.
Almejamos que o período de comemoração pela Consciência  Negra em 2011, tenhamos o que de fato comemorar, ao contrario do nada até o presente momento se comparado com a demanda.

Por Pedro Gomes (movimento democrata livre de são Luis, e outros*, e-mail:frecom_tp@hotmail.com)
Enviado por Eri Santos Castro. 

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