Caro Prefeito,
Lendo o blog do Eri Castro sobre a carta da colega Fátima Coimbra a respeito da falta de água no município de Pinheiro, e o comentário inserido sobre esse problema, percebo que vale observar alguns pontos.
Na verdade, talvez as informações não chegaram completas para o nobre governante. Pelo que entendi, o que foi reclamado não foi a responsabilidade sobre os serviços de abastecimento de água prestados no município, que todos sabem ser atribuição da Caema, mas a problemática que a falta desses benefícios tem causado com a população da cidade.
Sabemos que é atribuição do Estado através da Caema – Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto do Maranhão, universalizar os atendimentos nos serviços de saneamento e abastecimento de água tratada dos municípios, garantindo assim a satisfação dos seus clientes, no entanto, esta missão não exime o município de procurar meios resolutivos para equacionar o problema que hoje afeta grande parte da população de Pinheiro, boa sugestão essa do companheiro Eri para a criação da Companhia Municipal de Água e Esgoto, modelo que vem sendo adotado em outros municípios.
O que o alcaide deve compreender é que esta colega representa muito bem a dificuldade que muitos pinheirenses passam pela falta de uma das substancias mais inerentes a vida humana – A Água - e como há meses não a recebem em suas casas, privados até mesmo de satisfazer suas necessidades mais básicas, buscam nos seus representantes mais próximos, neste caso, o executivo municipal, a solução para seus problemas, o que é bastante compreensível. Acho que chegou a hora de escutarmos sugestões que viabilizem a melhoria dos serviços na nossa cidade, pois não podemos aceitar o desprezo assistencial no papel do Estado com nossa população.
Por conseguinte, entende-se que a Caema não pode simplesmente alegar que os serviços foram terceirizados e que as empresas contratadas não estão dando conta dos seus trabalhos, ou seja, é obrigação desta, cumprir com sua tarefa de satisfazer com qualidade os serviços administrados, para isso existem contratos e sanções a serem respeitados, que podem quando necessários ser acionadas, pois o que vemos mais uma vez é falta da priorização no atendimento do Estado com seus municípios, muitas vezes causados por linhas conflitantes de governanças que só atrapalham o desenvolvimento da nossa região, o que é abominável.
Atenciosamente.
Ronald Elson Silva Coqueiro
Pinheiro/MA.
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