6 de fev. de 2010

Wagner Cabral questiona veracidade pesquisa CNT/Sensus

Compartilho algumas preocupações referentes à recente divulgação de pesquisa sobre a sucessão estadual no Maranhão, pelos blogs de Walter Rodrigues (em 04/02/2010, depois retirada do site) e Marco d´Eça (05/02/2010).

1) o site do Instituto Sensus (www.sensus.com.br) não menciona qualquer pesquisa sobre sucessão no Maranhão.

2) O Sensus apenas registra a pesquisa CNT/Sensus realizada mensalmente para avaliação do governo federal, da popularidade do presidente e da sucessão presidencial. Pesquisa também mencionada no site da CNT (www.cnt.org.br).

3) A supra citada pesquisa CNT/Sensus foi registrada no TSE com o protocolo 1570/2010, citado impropriamente no blog de Marco d´Eça como sendo o número da pesquisa referente ao Maranhão.

4) No site do TSE, seção de Pesquisas Eleitorais, só encontra-se registrada a pesquisa nacional Sensus (1570/2010) , disponibilizando inclusive o questionário que foi aplicado. Da leitura do questionário, vê-se que não existe qualquer pergunta referente a sucessões estaduais.

5) A metodologia da pesquisa nacional CNT/Sensus foi a seguinte: 2.000 entrevistas, ponderadas pelas 05 Regiões e para 24 Estados, com o sorteio aleatório de 136 Municípios por representatividade de grupos populacionais.

6) No maranhão foram realizadas apenas 66 entrevistas, assim distribuídas: Caxias (14), Santa Inês (14), São Bento (16), São Luís (10), São Mateus do Maranhão (12). Uma amostra significativa para uma pesquisa nacional, mas insuficiente para uma pesquisa sobre a sucessão estadual.

Do exposto, ficam as questões, à luz da ética política e da legislação eleitoral:

a) houve de fato essa pesquisa sobre sucessão estadual, feita pelo Instituto Sensus? Foi a mesma realizada para a sucessão presidencial ou outra?

b) se houve, a pesquisa foi registrada no Tribunal Eleitoral? no TRE ou TSE?

c) se houve, onde estão disponíveis os dados, metodologia e questionário aplicados?

d) ou trata-se de pesquisa reservada, confidencial? a qual deveria ter recebido um outro tratamento jornalístico? qual a fonte utilizada pelos jornalistas?

Até que estes pontos estejam devidamente esclarecidos, mantenho minha opinião, enquanto pesquisador, de que a pesquisa Sensus sobre a sucessão estadual do Maranhão encontra-se, no mínimo, SOB SUSPEIÇÃO.

Por Wagner Cabral-Historiador / UFMA
Enviado por Eri Santos Castro.

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