O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), defendeu
maiores investimentos do governo para melhorar os índices sociais no
Maranhão e fez uma crítica sobre o planejamento adotado para que grandes
empresas se instalem no Estado.
Segundo Tavares, a chegada de grandes empresas no Maranhão não é a única
forma de melhorar a condição de vida da população. Isto porque várias
concessões são feitas, entre elas renúncias fiscais que acabam por
prejudicar a economia local.
“Esses tipos de empreendimentos não são a solução única. Grandes empresas
exportadoras, esse modelo muitas das vezes diminuem as arrecadações do
estado porque são isentas de impostos e outros encargos. Estas empresas
também praticamente compram tudo de fora. E aí, com os grandes subsídios e
isenções, quase não geram incremento para a economia maranhense”, alertou.
Para reforçar seu pronunciamento, o presidente citou a instalação do
Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), ocorrida há mais de duas
décadas, que não teria trazido muita vantagem para o Estado. “Pergunto
qual grande fábrica de alumínio foi criada em torno da Alumar?”, indagou.
“Na verdade, o que fica, mas muito menor do que fazem transparecer, são os
empregos. Porque as pessoas precisam ir aos supermercados, restaurantes e
acabam por fazer crescer o setor terciário”, acrescentou.
Outra crítica feita pelo deputado está sobre a forma como está sendo feita
a publicidade em torno destes empreendimentos. Para Tavares, as
negociações foram iniciadas em governo anteriores e agora
concretizadas. “Os empresários procuraram o Maranhão porque passaram a
acreditar que não havia mais amarras de um grupo político opressor. Então
passamos a viver novos dias, porque o governo passou a ser feito não mais
para os ricos”, disse.
AÇÕES SOCIAIS
Além desta avaliação, o parlamentar solicitou um maior empenho do governo
do estado sobre as questões sociais. “Nos governos José Reinaldo [PSB] e
Jackson Lago [PDT] houve uma melhora nos índices sociais. E quando mudou o
governo, perdemos o discurso social, da grande maioria dos maranhenses sem
escola, empregos, saneamento, segurança, enfim, todo este leque de
questões sociais”.
Da Agência Assembléia.
Enviado por Eri Santos Castro.
Com informações da Agência Assembleia
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