22 de set. de 2009

Devo pedir champanhe ou cianureto?

Não aguento mais ver o Sarney mandando no país,
transformando-nos num grande Maranhão
O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: “Questões conflitantes rondam minha cabeça/ Devo pedir cianureto ou champanhe?” Sinto-me assim, como articulista. Para que escrever? Nada adianta nada. Ando em crise, como vejo nos desenhos do excepcional Angeli, gênio da HQ. E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate. Não aguento mais ver a cara do Lula de boné, dançando xaxado pelo pré-sal, não aguento mais ver o Sarney mandando no país, transformando-nos num grande “maranhão”, com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas, tucanistas e fascistas discutem para ver quem é mais de “esquerda” ou de “direita”, com o Estado loteado entre pelegos sem emprego e um governo regressista nos jogando de marcha a ré para os anos 40; não dá mais para ouvir quantos campos de futebol foram destruídos por mês na Amazônia, quando ninguém jamais consegue impedir as queimadas na Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; passo mal quando vejo a cara dos oportunistas do MST, com a bênção da Pastoral da Terra, liderando pobres-diabos para a “revolução” contra o capitalismo, não aguento secretários de Segurança falando em forças-tarefas diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, não suporto a polêmica nacionalismo pelego x liberalismo tucano de hímen complacente, tenho enjoo com vagabundos inúteis falando em “utopias”, bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos rancorosos decepcionados, mas secretamente apaixonados pela velha esquerda, tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias de tortura, indenizações para moleques, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista, não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva à retórica de impossibilidades como nosso destino fatal, e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece.
Por Arnaldo Jabor.
Enviado por Eri Santos Castro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eri Sants,o que voce bem é muito bem infomado tem a dizer sobre este comentári no blog do ricardo santos?
Ricardo Santos,

Ouvi falar que o Ministro José Dirceu teria uma agenda extra política.
Jantaria na Ilha de Curupu onde dormiria para ,no dia seguinte cedo,embarcar de helicóptero para Santo Amaro em companhia de Ronald,tio da governadora, e Jorge Murad.
Estaria se associando ao Senador Sarney em negócios de compra de terras para futuras explorações de gas.
È verdade?

22 de Setembro de 2009 12:24


Ricardo Santos disse...
Não sei informar, td que sei que que o ex-ministro terá um encontro informal, pode ser um almoço, ao algo assim.

22 de Setembro de 2009 16:26