14 de jun. de 2009

Eis parte do artigo de José Sarney, na Folha, de sexta (12). Ele escreve sobre o mistério do vôo do Air France, esquecendo-se de falar sobre ' a caixa preta do Senado ou a sua corrupção secreta'. Realmente ele não teme a opinião pública.



Todos os que tivemos a graça da vida vivemos nosso destino e vicissitudes. Mas, quando na tragédia muitos destinos se cruzam irmanados na morte inesperada, desperta em cada um de nós a solidariedade na dor, a meditação sobre o perigo de viver, como dizia Guimarães Rosa.
Unem-se e se cruzam as histórias, como a desse maestro cheio de vida e talento e a do desconhecido comissário que ia para um encontro com a namorada na Place des Vosges que jamais vai ocorrer.
Some-se a tudo isso a perplexidade que desfila em nossa imaginação de uma noite de tempestade, raios, sensores eletrônicos como bruxos e mágicos a governarem máquinas, fazer cálculos e o mar, que sempre foi e será um mistério maior, desde os tempos em que era chamado de mar tenebroso, aquele que ficava além das costas da África, com monstros e abismos, o mais célebre para nós o Adamastor, o gigante de Camões. Pois foi nesse mar que esses destinos mergulharam...
Postado por Eri Santos Castro.

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