2 de mai. de 2009

Por que o 1º de maio é Dia do Trabalhador e não do trabalho?

Trabalhadores do mundo, uni-vos

A imprensa tradicional além de nunca falar da origem do 1º de maio, denomina-o com0 o dia do trabalho e não do TRABALHADOR. Esta questão não é irrelevante, ela nos remete à uma carga simbólica e epistemológica para todo o movimento socialista mundial. Senão vejamos:

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas ideias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas ideias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.

“Acreditais que quando nossos cadáveres tenham sido jogados na fossa tudo terá se acabado? Acreditais que a guerra social se acabará estrangulando-nos barbaramente. Pois estais muito enganados. Sobre o vosso veredicto cairá o do povo americano e do povo de todo o mundo, para demonstrar vossa injustiça e as injustiças sociais que nos levam ao cadafalso”. Albert Parsons lutou na guerra da secessão nos EUA.

As corajosas e veementes palavras destes quatro líderes do jovem movimento operário dos EUA foram proferidas em 20 de agosto de 1886, pouco após ouvirem a sentença do juiz condenando-os à morte. Elas estão na origem ao 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores. Na atual fase da luta de classes, em que muitos aderiram à ordem burguesa e perderam a perspectiva do socialismo, vale registrar este marco histórico e reverenciar a postura classista destes heróis do proletariado. A sua saga serve de referência aos que lutam pela superação da barbárie capitalista. A origem do 1º de Maio está vinculada à luta pela redução da jornada de trabalho, bandeira que mantém sua atualidade estratégica.

A crise capitalista e o “mundo em chamas”

O sensacionalismo da mídia em torno da “farra das passagens” e, agora, da “gripe suína” tirou do foco o debate sobre os efeitos da crise capitalista mundial. Alguns, mais otimistas, até garantem que “o pior já passou”. Mas não foi este o tom das intervenções na reunião deste final de semana do Comitê de Desenvolvimento, um fórum conjunto dos membros do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega foi um dos mais “incendiários” no seu discurso, o que indica uma sensível mudança de leitura no governo Lula.“O mundo está em chamas. A crise se tornou ainda mais prejudicial para o mundo desde o último encontro do Comitê de Desenvolvimento. Havia outros incêndios antes mesmo do derretimento financeiro em setembro de 2008, labaredas que eram igualmente devastadoras, mas muitos de nós estávamos acostumados a viver com elas”. Agora, segundo o ministro, a crise caminharia para sua fase crônica e a culpa seria da “globalização alimentada pela desigual distribuição da riqueza, pelo crescimento econômico rápido e concentrado e por padrões de consumo que degradam o uso dos recursos naturais... Este modelo de globalização precisa de ajustes”.

Em São Luís Comerciários e CUT reunem mais de 15 mil pessoas

O 1º de maio no Maranhão tem uma grande referência . Pelo 21º ano consecutivo, a CUT ( Central Única dos Trabalhadores) e Sindcomerciários realiza o DIA DO TRABALHADOR, com a abertura das jornadas de lutas do ano vindouro. Neste ano, a concentração ocorreu no Lítero e uma multidão de mais de 15 mil pessoas participaram do ato público e depois da confraternização com show's de artistas locias. Na opotunidade discursaram o editor do blogue do Eri, o jornalista e publicitário Eri Castro, o presidente da CUT-MA, o urbanitário Nivaldo, o presidente da Fecema, Rodrigo Comerciário, o presidente do Lítero Osvaldo e o anfitrião do evento Edmilson Santos, presidente do Sindcomerciário. Todas as intervenções defenderam a democracia como um valor inegociável.

Foram arrecadados mais de 10 toneladas de alimentos não perecíveis que foram doados aos maranhenses atingidos pelas chuvas, via a defesa civil.

Em Pinheiro, Parque da Nova Squim lota

O 1º de maio em Pinheiro foi organizado por alguns amigos. É o segundo ano consecutivo que realizamos. Ano passado foi na praça do Centenário e neste ano foi no Parque da Nova Squim, com as radiolas Brisa do Som e Tornado, reunindo quase 2 mil pessoas. O ato público teve a participação de Antônio da Brisa, Edmilson de Pacas, Calu, Eliseu, Camarão, Champu, Duda, João Rogrigues, Lala, ...Infelizmente o avião que iria me deixar em Pinheiro não pode decolar às 18h, devido à chuva. Mas, estaremos na cidade no próximo final de semana para comemorar nossa resistência e nosso aniversário com o do César Soares.

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