2 de fev. de 2009






Reproduzo postagem de alguns dias atrás:
"Há derrotas que não são derrotas.Vou dar dois exemplos:Karl Marx, que revolucionou o pensamento filosófico, sociológico e econômico da humanidade, morreu sem jamais ter visto suas ideias hegemônicas. Nunca teve, em vida, o gostinho da glória. Martin Luter King, ativista americano jamais ousou ser presidente dos EUA. A sua luta era contra a segregação racial. Décadas depois,Obama representa o seu legado. A candidatura de Tião Viana para presidente do Senado brasileiro representa um corte epistemológico, na gênese do clientelismo e da total inexistência de ética na política.É bem provável a sua derrota, pois qual a composição do atual Senado? Mas, é imperativa e fundamental a sua candidatura para a edificação de uma nova política no país. Talvez Sarney simbolize o último 'moicano' a constranger o novo que vem de mansinho se instalando no cenário político do Brasil. A candidatura do Senador Sarney está reduzida a partilha de cargos entre os partidos que o apoiam.
Vou para a minha paróquia. Em Pinheiro, o Drº Leo foi candidato a prefeito, obtendo quase 8 mil votos.Perdeu as eleições, mas plantou a ética e a seriedade em oposição ao atraso dos políticos locais conservadores. O amanhã agradecerá ao Tião e ao Drº Leo, assim como agradeceu Luther King e Marx. O nascente é diferente do poente."
Tião combateu a judicialização da política, em seu discurso, pela manhã.
O Senador Arthur Virgílio foi o primeiro a saudar o novo presidente do Senado José Sarney, dizendo se tem algo que ele respeita é a soberania das urnas. Diferente o que o grupo do novo presidente faz no Maranhão.


Veja matéria do Estadão de hoje

José Sarney começou a sua carreira política em 1950, elegeu-se deputado federal em 55, e desde então exerceu diversos cargos políticos: foi senador, deputado, líder de partido, e o primeiro presidente a assumir após a ditadura militar, embora não tenha sido eleito pelo voto direto.

Em 1985, era o vice-presidente da chapa que elegeu Tancredo Neves para a presidência. Com a morte de Tancredo, Sarney assumiu, embora algumas pessoas não acreditavam que ele seria a melhor opção em um momento como a redemocratização- Sarney havia presidido a Arena em 1979, partido de apoio à ditadura militar.

É hoje o político mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.

Clã

Assim como Antonio Carlos Magalhães está para Bahia, José Sarney e família estão para o Maranhão. Ruas, túneis e hospitais levam o nome da família que tem uma relação íntima com a região. Afastado nos últimos anos do poder, após mais de cinco décadas de protagonismo na política no Maranhão, o clã Sarney se articula para voltar ao comando.

Ele é pai de Roseana Sarney, eleita governadora do Maranhão em 1994, de Sarney Filho, eleito deputado federal pelo Maranhão em 2002, e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicações, dono de três retransmissoras de televisão (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio e o jornal O Estado do Maranhão.


Depois de um breve abalo em 2006, quando Roseana Sarney (PMDB) perdeu a eleição para o governo do Estado, o clã está de volta com a provável escolha do patriarca para presidir, pela terceira vez, o Senado.

Para frustração dos inimigos, a vitória do clã pode vir em dose dupla. Embora tenha perdido a eleição de 2006, Roseana deve ser confirmada no cargo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador eleito, Jackson Lago (PDT), está sendo julgado por abuso do poder econômico na eleição.

Na presidência do Senado...


Eleito duas vezes para a presidência do Senado, em 1995 e 2003, o senador José Sarney (PMDB-AP) fez promessas nos discursos de posse que não se concretizaram. Ele não conseguiu fazer as reformas política e tributária, que considerava "fundamentais". O parlamentar tenta agora se eleger pela terceira vez, disputando com o senador Tião Viana (PT-AC).


FHC, com quem se desentendeu nos dois últimos anos de gestão, prometeu no ato de posse fazer do Senado "uma alavanca de apoio para os projetos de reforma e de construção das esperanças" que levaram o tucano à Presidência. "Suas qualidades de político, de intelectual, de democrata o credenciam a nossa admiração e é nosso desejo ajudá-lo a ajudar o País."

Já para Lula, com quem ainda mantém boas relações, foi pródigo em elogios, a ponto de afirmar que a sua biografia era "uma referência do Brasil para o mundo democrático". "Referência de nossos avanços nas oportunidades de participar e decidir, de ascensão social, da força de trabalho", frisou. "O Senado será um dos pilares deste momento político e cumprirá sua missão histórica de harmonizar conflitos e buscar sempre e em tudo atender ao interesse político", prometeu.

Livros

Não é só de política que vive Sarney. Ele também é autor de crônicas, ensaios e três livros: O dono do mar, Saraminda e A Duquesa vale uma missa.

Em 1980, foi escolhido para a Academia Brasileira de Letras.

A judicialização da política
Com Carta Capital
Para governador da PB, cassação foi 'um dos maiores erros na história'.Tribunal cassou tucano e vice por susposto uso de poder econômico.
O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato cassado no dia 20 de novembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), classificou nesta sexta-feira (30), segundo a arevista Carta Capital, que sua cassação de um "grande equívoco".

"Talvez um dos maiores erros da Justiça Eleitoral na história do Brasil", afirmou Cunha Lima, garantido no cargo graças a decisões liminares. "A nossa corte (TSE) é formada por homens honrados, sérios, dignos, mas que, na condição humana, estão expostos ao erro e houve um erro." Os ministros do TSE cassaram o mandato de Cunha Lima e de seu vice, José Lacerda Neto (DEM), por abuso de poder econômico e político durante a campanha eleitoral de 2006.

Na defesa da tese de que uma releitura atenta do processo poderá reverter o processo, o governador alega que não foi cassado por compra de voto nem por improbidade administrativa, mas pela acusação de uso promocional de um programa chamado Ciranda de Serviços, que não ocorreu durante as eleições.

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