29 de jan. de 2009

O nascente é diferente do poente ou quando as derrotas não são derrotas

Há derrotas que não são derrotas.Vou dar dois exemplos:Karl Marx, que revolucionou o pensamento filosófico,sociológico e econômico da humanidade, morreu sem jamais ter visto suas ideias hegemônicas. Nunca teve, em vida, o gostinho da glória. Martin Luter King, ativista americano jamais ousou ser presidente dos EUA. A sua luta era contra a segregação racial.Décadas depois,Obama representa o seu legado.
A candidatura de Tião Viana para presidente do Senado brasileiro representa um corte epistemológico, na gênese do clientelismo e da total inexistência de ética na política.É bem provável a sua derrota, pois qual a composição do atual Senado? Mas, é imperativa e fundamental a sua candidatura para a edificação de uma nova política no país. Talvez Sarney simbolize o último 'moicano' a constranger o novo que vem de mansinho se instalando no cenário político do Brasil. A candidatura do senador Sarney está reduzida a partilha de cargos entre os partidos que o apoiam.
Vou para a minha paróquia. Em Pinheiro, o Drº Leo foi candidato a prefeito, obtendo quase 8 mil votos.Perdeu as eleições, mas plantou a ética e a seriedade em oposição ao atraso dos políticos locais conservadores. O amanhã agradecerá ao Tião e ao Drº Leo, assim como agradeceu Luther King e Marx. O nascente é diferente do poente.

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