22 de jul. de 2008



'Nome Próprio' tenta sobreviver ao Batman






Estreiou sexta-feira, nos cinemas o longa 'Nome Próprio' – uma livre adaptação dos livros "Máquina de Pinball" e "Vida de Gato" de Clarah Averbuck e de textos publicados em seu blog pessoal na internet. Com direção de Murilo Salles (‘Como nascem os Anjos’ e ‘Seja o que Deus quiser!’), e a atriz Leandra Leal no papel principal, o filme trata das relações 2.0 do novo milênio.


Cheio de polêmicas e discórdias – como o apego e intervenções da autora do livro para com o resultado do filme .Achei o ‘Nome Próprio’ um dos retratos mais frescos da geração internet. O autor do filme descobri o livro "Máquina de Pinball", de Clarah Averbuck, lendo uma matéria da Cora Ronai sobre escritores que migravam da Internet. E achou então que a internet pudesse ser o seu tema, pois é um espaço que brasileiros estão conquistando, fruto de uma nova individualidade que brota nos poros das grandes cidades - sem complexo de culpa, sem problema de afirmação, sem o pecado do lado de baixo do equador. Uma geração que simplesmente procura seu espaço e afirmar sua identidade.O brasileiro é o usuário que fica mais tempo conectado à internet no mundo. O filme surge dessa vontade de abordar a internet no Brasil. E de uma geração de escritores que está surgindo a partir dela.Não poderia ser mais atual uma vez que fala de alguém que escancara sua vida na internet...A Camila (personagem principal vivida por Leandra Leal) vive no limite das situações, é intensa e não mede muito as conseqüências dos atos que comete. Sua vida é sua narrativa. Ela constrói uma existência complexa o suficiente para se escrever sobre ela.Sim, literatura baseada em vivências do autor. Tem toda a confusão se é a Clarah ou não é Clarah, se é sobre blogueiro, ou não...Sim, claro, não é ela. Nem muito menos sobre ela.