Não há surpresa. O resultado do julgamento das contas do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU) estava com cartas marcadas desde que deixou de ser uma avaliação técnica e passou a ser contaminado pelo viés político. O relator Augusto Nardes já havia anunciado a sentença, atropelando uma lei que proíbe os ministros de declarar opiniões e antecipar votos publicamente.
Também não é surpresa que essa rejeição, inédita desde a Era Vargas, é mais um capítulo do movimento golpista, manobrado pelo recalque de uma oposição derrotada, que quer fragilizar a estrutura democrática do nosso país. Ou é aceitável que representantes de grupos pró-impeachment tenham sido convidados pelo TCU para assistir ao espetáculo midiático de camarote e com exclusividade?
Estamos vendo os golpistas cantarem vitória em vão. Eles se iludem quando desconsideram que a votação realizada hoje pelo TCU foi apenas um parecer. É o Congresso que tem a prerrogativa de aprovar ou não as contas do governo.
O que nos surpreende é o ineditismo dessa decisão. O que agora chamam de "pedaladas fiscais" foi uma estratégia amplamente adotada durante os governos tucanos, seja na presidência ou nos estados, recebendo a aprovação incólume do TCU. Ora, querem criminalizar Dilma por uma prática nunca contestada quando cometida pelos outros? Se agora é crime, significa que antes isso era negligenciado pelo Tribunal?
Algo incontestável nesse cenário é que não há nada que ateste contra a honestidade da nossa presidenta, uma mulher digna e honrada. A soberania popular vai prevalecer!
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