Por algumas horas, você elimina todos os automóveis da rua. Silencia as buzinas estressadas que saem de carros fechando o cruzamento, apaga toda a fumaceira escura que o caminhão vai soltando, deleta todo o congestionamento que já é corriqueiro naquele cenário e, de certa forma, já faz parte do dia-a-dia de quem passa por ali. Mais: você coloca pessoas no lugar desses carros. Andando, pedalandoNo dia 27 de setembro, Paris, na França, vai fazer toda essa descrição se tornar realidade.Nenhum carro (com exceção de ambulâncias e polícia) poderá circular por nove bairros da cidade (arrondissements), incluindo regiões de ícones turísticos como a Champs Élysés, a Torre Eiffel, a Place de la Bastille e a Place de la Republique.
Vai ser o dia de “Paris sans Voiture” (Paris sem carros), que chega sendo parte da campanha que a prefeitura da cidade está fazendo contra a poluição, problema que já é encarado como central por lá. É que o uso desnecessário de automóveis contribui diretamente para o aquecimento global: você queima combustíveis fósseis e, consequentemente, destrói ainda mais a camada de ozônio. Isso sem falar na poluição sonora, no mal estar causado pelos congestionamentos e no estresse que isso gera.Tudo isso tem estado na agenda do governo parisiense.
Em março desse ano, por exemplo, a cidade se viu obrigada a implementar o terceiro rodízio de automóveis da sua história, impedindo carros com placas pares ou ímpares de circularem em determinados dias. Só ficaram fora dessa os veículos elétricos, híbridos, a gás ou que tiverem pelo menos três passageiros dentro. No ano passado, outra atitude com o intuito de estimular a reflexão foi tomada: o governo liberou transporte público gratuitopor três dias para todos.
Tudo isso vem na direção de pequenas atitudes que invadem e, mais do que mudanças imediatas, abrem espaço para sensações e experiências diferentes daquilo que estamos acostumados que, no fim, geram reflexão e conscientização. Continue lendo aqui.
, interagindo com a cidade. Lhes oferece a oportunidade de olhar - e não só ver: tem tanta coisa que todo dia está ali e passa despercebida no meio da correria e do cinza e do trânsito.
Com Catraca Livre.
Enviado por Eri Santos Castro.
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