CARTACAPITAL FALA SOBRE ‘ERROS E
DESCAMINHOS’ DO PT
(Curiosamente, Eugênio Bucci, em
Época, avisa a seus leitores para ter cuidado, pois “esquerda não é sinônimo de
corrupção.)
Em seguida vem Mino Carta, ainda
falando diretamente sobre o PT. “Só a ideia sobrou”, escreve o diretor da
revista. “O homem sábio tem razões para temer quem começa à esquerda e acaba à
direita, como FHC ou José Dirceu”, diz uma das chamadas. Mino diz que quem
sonhou com um partido revolucionário e anticapitalista apostou errado.
O artigo seguinte, de Alfredo Bosi, mostra que a revista opinou demais na capa
– e distorceu, ao reduzir todos os textos à opinião do diretor. Bosi escreve
que o PT se tornou bode expiatório fácil de todas as situações difíceis por que
passa o Brasil em um contexto internacional difícil. “A parte de
responsabilidade que lhe cabe é hipertrofiada”, diz o professor.
Fábio Konder Comparato escreve que o PT se tornou uma triste nulidade política.
Considera que é demonstrada pela leitura de seu estatuto, de 2013, pois não há
ali uma única palavra sobre os objetivos do partido. O trecho aparece somente
no fim do artigo, pois, no restante, Comparato faz uma reflexão sobre a vida
política brasileira – moldada por quatro séculos de escravidão.
Carlos Lessa assina o artigo seguinte. Aqui acontece algo curioso, no contexto
da chamada da revista: ele simplesmente não menciona o PT. Ele enxerga exaustão
na
Nova República e vê uma crise social, composta por crises econômica,
política e institucional. “Quem propõe a pauta que permitirá organizar nosso
futuro? Quem garantirá nossa governabilidade?” Para Lessa, os três poderes são
responsáveis.
Com Análise de Mídia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário