27 de jul. de 2014

Babilônia em chamas: Sem o PT na chapa majoritária e sem o monopólio do apoio de Dilma, Edinho Lobão perde cartada decisiva






O publicitário, jornalista e atual membro do Diretório estadual do PT Eri Castro, a ex-deputada federal Terezinha Fernandes, a líder do Movimento de Moradia Cleusamar, o ex-presidente do PT Profº Francisco Gonçalves, o fundador nacional do PT e líder camponês Manuel da Conceição, o próximo governador do Maranhão Flávio Dino e profº e  o membro do Diretório Nacional do PT Márcio Jardim no lançamento do movimento  "SOU PETISTA DE VERDADE, SOU LULA, DILMA E FLÁVIO."

Dada a largada para a corrida eleitoral, as cartas foram jogadas na mesa e o candidato apoiado pela governadora Roseana Sarney, Edinho Lobão, não conseguiu nem mesmo ter o PT de Dilma Rousseff e Lula na chapa majoritária. Ele teve que lançar uma “chapa pura” com outro integrante do PMDB para a disputa.
Sem ter o PT na chapa – que, seguindo orientação da própria direção nacional da legenda, teve de retirar inclusive o nome indicado para ser candidato de Edinho –, o PMDB maranhense também não consegue o monopólio do apoio de Dilma. O partido não obteve na Justiça Eleitoral o aval para que o comitê da militância petista de apoio a Flávio Dino, líder nas pesquisas, fosse destituído.
A assessoria jurídica de Edinho Lobão tenta obter uma conquista na Justiça Eleitoral que fica inviabilizada pela legislação e pela jurisprudência. Como é coligado nacionalmente com o PT, o PCdoB de Flávio Dino pode ter a candidatura em nível local apoiada por petistas, o mesmo direito que tem o PMDB.
 

Tarefa inglória
Sem o monopólio do apoio de Dilma e dos petistas, Edinho Lobão sabe que a tarefa de dividi-lo com Flávio Dino é inglória. Do ponto de vista ideológico, tanto a presidente Dilma, quanto diversas lideranças nacionais do PT – como o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro –,  além de integrantes da legenda no Maranhão, têm preferência pela candidatura de Flávio Dino.
Para os estrategistas da campanha de Edinho Lobão, obter por via judicial a garantia do monopólio do apoio de Dilma é fundamental para a candidatura do senador, que não consegue ultrapassar a barreira dos 30% de intenção de votos e ainda enfrenta problemas internos, como a ausência da governadora Roseana Sarney nos atos de campanha.
A dificuldade de obter a exclusividade deste apoio pela via judicial faz que a campanha de Edinho Lobão adote outra tática: a de reforçar por meio de setores da imprensa alinhados com o candidato do PMDB a tese de que Flávio Dino não é aliado de Dilma, e sim de Aécio Neves.
Mas tal argumento também cai por terra quando se registra a presença do DEM no palanque de Edinho Lobão. A legenda, que faz oposição ao PT desde o governo Lula, integra a coligação “Pra Frente Maranhão”, de Edinho.
Obstáculo
Com o apoio de Dilma e do PT dividido entre Flávio Dino e Edinho Lobão, o candidato do PMDB sabe que terá ainda mais dificuldades junto ao eleitorado. E neste momento torna-se fundamental obter essa exclusividade.
O problema é que as duas derrotas no TRE mostram que juridicamente é algo muito difícil. E no terreno político, desde 2010, quando o PT ainda teve espaço na chapa de Roseana Sarney, o partido de Lula e Dilma está dividido no Maranhão. Nem mesmo as imposições vindas da direção nacional da legenda, favoráveis ao PMDB maranhense, afastam boa parte da militância petista do palanque da oposição.

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