16 de jan. de 2014

Empresas aderem a proposta de Flávio Dino para conter preços de passagens aéreas


Duas empresas aéreas aderiram ao “Teto do Bom Senso”, proposta de Flávio Dino para evitar o aumento abusivo dos preços do turismo durante a Copa do Mundo de 2014. As linhas aéreas Azul e Avianca concordaram em estabelecer um valor máximo para as passagens para aqueles que quiserem viajar pelo Brasil. “As empresas mostras com isso apostar no crescimento a longo prazo do turismo no Brasil, e portanto, do fluxo aéreo em nosso país, não buscando obter apenas ganhos momentâneos, acima do teto do bom senso”, afirma Dino.

Durante os 31 dias de Copa do Mundo, a empresa Azul terá passagens com preço máximo de R$ 999. Já a Avianca anunciou esta semana que manterá o teto de R$ 999 por seis meses. Em 26 de fevereiro do ano passado, Dino encaminhou ofício à Secretaria de Aviação Civil (SAC) onde propôs o teto tarifário para as passagens aéreas domésticas.

“Uma possível medida [contra a cobrança de preços abusivos] envolve a instituição de um teto tarifário, à semelhança do que vigora em outros serviços públicos executados por terceiros, inclusive no setor de transporte”, afirmava o texto enviado à SAC. Flávio Dino espera que as demais empresas aéreas sigam os exemplos da Azul e da Avianca.

Dino pede que o setor hoteleiro siga o mesmo exemplo, evitando a cobrança de tarifas muito acima da média internacional. “O maciço investimento público que está sendo feito pelo país para a realização da Copa do Mundo visa ganhos de longo prazo para toda a cadeia produtiva do turismo brasileiro, que envolve cerca de 3,6% de nosso PIB e 10 milhões de empregos”, lembra.

Pesquisa feita recentemente pela Embratur, fora do período de alta demanda, mostra que os preços praticados pelo setor aéreo brasileiro estão acima da média praticada em outros países. Por exemplo, Uma passagem ida e volta Vitória (ES)-Salvador(BA) – com distância de 840 km – custa, em média, US$ 257; enquanto Barcelona (ES) x Porto (PT) – com 902 km de distância – custa, em média, US$ 53.

“Céus abertos”

Ainda em 2013, Flávio Dino também propôs ao Governo Federal que permitisse que empresas internacionais pudessem fazer voos regionais no Brasil caso os preços das empresas aéreas nacionais ultrapassassem em muito a média internacional de transporte aéreo.

A proposta foi defendida recentemente pela ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff. No ano passado, Dino propôs a abertura do mercado aéreo como forma de aumentar a concorrência e baratear preços. À época, a ideia do presidente da Embratur também foi manchete nos grandes jornais do Brasil. O Globo destacou em sua capa de 15 de outubro a proposta de Dino.

Em novembro, Dino voltou a defender a proposta em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. Ele foi convidado pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ana Amélia (PP-RS), presidente e vice-presidente da Comissão, para fazer uma apresentação sobre sua proposta de abertura do mercado de aviação do Brasil.

Uma das saídas apresentadas pelo presidente da Embratur foi que seja implantado um regime de Céus Abertos no Brasil, a exemplo da Europa, permitindo que empresas de outros países atuem em solo nacional, operando voos domésticos. Flávio Dino lembrou que, na Europa, foi implantada a “liberdade tarifária”, permitindo que a empresa possa cobrar o que queira, mas em um ambiente de altíssima concorrência.

Da assessoria.
Enviado por Eri Santos Castro.
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