Ontem a noite, vendo Flávio José, que dispensa todos os adjetivos, e sua banda, acabei por pensar: feliz de quem nasceu no nordeste do mundo. O triângulo em sua linguagem metálica, a zabumba na marcação, os metais e vocais em diálogos constantes com a melodia, e como se tudo isso não bastasse, Flávio José solta seu canto. Todo mundo ali paralisado, com olhos atentos e ouvidos em oração, confidenciando: o nordeste todo cabe nessa voz. E em nossas mentes passam Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Dominguinhos, Marinês, João do Vale, Jackson do Padeiro, Trio Nordestino, Zito Borborema, e são tantos mistérios gozosos neste infinito rosário, que é melhor voltar a dançar... que Flávio José já roncou o fole da próxima canção.
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