Sobre privatizações e concessões há um diálogo de surdos. Tucanos e assemelhados com a fina ironia que lhes é quase natural proclamam a derradeira prostração ideológica da esquerda diante da máxima liberal: menos Estado (no que tem razão em parte). Já petistas históricos e governistas de ocasião batem no peito: conceder é uma coisa, vender, outra! (no que tem razão, também, em parte). Afora contorcionismos conceituais e motivações mais rasteiras eu acho que conceder é uma forma de privatizar, sim, no mínimo conceitualmente. A diferença é que aeroportos, estradas e portos - ativos estratégicos para todo país - nas concessões ficam vigiados e controlados por Agências Reguladoras (oxalá, com controle público e eficiência) e não por Bolsas de Valores. Essa talvez seja a única, grande e decisiva diferença.
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