DIVÃ MARANHENSE 7
Apesar da recuperação parcial dos índices de intenção de votos nas pesquisas recentes, a presidente Dilma, apesar de toda a exposição na mídia, praticamente de forma isolada, onipresente, não conseguiu recuperar os índices que sugeriam uma tranquila reeleição. O seu marqueteiro João Santana que se cuide, pois todas as estratégias utilizadas não foram suficientes para, conforme prometera, alcançar em novembro os índices anteriores às manifestações de junho.
Mas isto parece não fazer muita diferença para as duas forças maranhenses que disputam o oficialismo federal, ou seja, o sarneyísmo e os seus dissidentes. Sabem que a influência deste é enorme no processo eleitoral estadual.
Daí todo um esforço midiático dos dois grupos para demonstrar que a presidente Dilma e o PT tem mais apreço por um em detrimento do outro. Uns ligados ao grupo dissidente chegaram a publicar até uma tal solução "salomônica" que uniria o candidato a governador do grupo dissidente e a candidata a senadora do grupo dominante.
As eleições internas do PT - partido disputado que simboliza a concretização do tão cobiçado apoio, parece que terão seu resultado definitivo somente no final do mês, o que dá mais tempo (e combustível) para o imbróglio.
Enquanto isso, além da disputa entre os "donos do Maranhão e os donos da Oposição", há um sentimento que vai se formando, o da necessidade de outras candidaturas oposicionistas. A pré-candidata Eliziane Gama (PPS) já teria ultrapassado o candidato do grupo dissidente do sarneyísmo na cidade de São Luis em recente pesquisa eleitoral, além de melhorar os seus índices no estado.
Outros nomes começam a se apresentar, o que é bom para o debate sobre o Maranhão que merece muito mais que discursos, declaração de intenções, propaganda, falácias e propostas vazias.
Finalizo por aqui pensando no quanto as duas forças devem estar perplexas com o que acontece no país desde ontem, a prisão de alguns dos condenados no processo do Mensalão. O mais importante deles, o novo rico José Dirceu, é amigo de um e guru de outro.
Isto nos anima a acreditar no futuro. O Brasil e o Maranhão precisam mudar, e não somente o Maranhão.
Por Igor Lago.
Enviado por Eri Santos Castro.
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