16 de nov. de 2013

As provas do assassinato do ex-presidente Jango pela Ditadura e o destemido maranhense Neiva Moreira

...Em razão dos planos de retorno e dasliga ções com comunistas no Exterior, o ex-presidente João Goulart passou a correr riscos. Por meio do ex-deputado Neiva Moreira, Arraes, então exilado na Argélia, lhe mandou, no início de 1976, um recado: um agente secreto argelino lhe revelara que o nome do ex-presidente brasileiro constava de uma lista de figuras a serem eliminadas pela Operação Condor - uma aliança política e militar entre as ditaduras da América do Sul.
Em dezembro daquele ano, Jango morreu. Oficialmente, teve um ataque cardíaco, aos 57 anos, na cidade de Mercedes, na Argentina. Hoje, após a abertura de parte dos documentos sobre Jango entregues pelo governo brasileiro a seus familiares, crescem as suspeitas de que o ex-presidente possa ter sido envenenado a partir de uma troca dos frascos de remédio que tomava para o coração por produtos químicos letais. A denúncia de que ele morreu por envenenamento é feita pelo ex-agente uruguaio Mário Neiva Barreiro, preso desde 2003 por tráfico de armas, no presídio de segurança máxima de Charqueadas, no Rio Grand e do Sul.
Em depoimento à Polícia Federal, no ano passado, Barreiro disse ter participado de uma reunião no Uruguai, em setembro de 1976, que teve a participação do então delegado do Dops paulista Sérgio Paranhos Fleury (morto em 1979). Naquele momento, Fleury teria dito que o então presidente Geisel “não quer mais saber do retorno dele (Jango)” e ordenado “para pôr um fim nele”. Essa suposta ordem ocorreu no mesmo momento em que Sylvio Frota determinou a prisão do ex-presidente, caso ele entrasse no Brasil.
Ainda segundo o relato de Barreiro, Fleury disse que Geisel comentara que ele “sabia o que tinha que ser feito”. Na mesma reunião, fora decidido que a morte de Jango “seria feita pelo serviço secreto uruguaio através da troca de medicamentos de efeito antagônico”. Para essa operação, conforme o espião, foi indicado o médico legista uruguaio Carlos Milles Golugoss, codinome Capitão Adones, morto tempos depois. Golugoss havia feito curso com agentes da CIA para se especializar na utilização de venenos. Seu nome é citado eminvestigações sobre a morte de outros militantes de esquerda sul-americanos...
Da Carta Capital, confira aqui!
Enviado por Eri Santos Castro.
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