Eis, na íntegra, o texto encaminhado ao jornalista Raimundo Borges, de O IMPARCIAL:
AINDA DE MULHER PARA MULHER...
Caro Borges,
Tenho um profundo respeito pelos meios de comunicação. Entre eles, meu
destaque especial ao rádio e ao jornal. Sou vocacionada, posso dizer,
para o mundo da comunicação. Tenho, desde a infância, o hábito de ler
jornal e sofro quando vejo alguém não manuseá-lo cuidadosamente, tal é o
meu carinho por ele. Gosto da boa notícia, do bom texto, da boa
informação e defendo a liberdade de imprensa. Abomino a censura, ao
mesmo tempo em que abomino a notícia inverídica, a fonte irresponsável
ou o divulgar por divulgar, não importando se verdadeiro, ou não, o
fato.
Todo este preâmbulo é para manifestar minha surpresa
diante das equivocadas informações passadas aos leitores de O IMPARCIAL,
edição da última sexta-feira, dia 16 de março, na coluna BASTIDORES, de
responsabilidade do amigo e confrade Raimundo Borges, envolvendo o meu
nome, a passagem da governadora Roseana Sarney em Barão de Grajaú e uma
suposta saída da Secretária Luíza Oliveira da Secretaria de Estado de
Direitos Humanos. Não sei qual a sua intenção ou a de quem lhe passou as
infundadas notícias objeto da matéria. O certo é que:
1. Desde julho do ano passado, não vou a minha querida Barão de Grajaú.
2. Naquela cidade, ao que soube, não foi inaugurada nenhuma UPA
(Unidade de Pronto Atendimento), o que teria sido muito importante
diante da caótica situação da saúde naquele Município, sempre dependente
de Floriano, no Piauí.
3. Não reivindiquei para Barão de Grajaú,
quando parlamentar e nem depois, um sistema de abastecimento de água,
como diz, também, a notícia. Tenho, sim, outras reivindicações, através
de emendas apresentadas e aprovadas, mas, até hoje, não liberados os
recursos, ainda que previstos em lei orçamentária.
4. Não tenho
conhecimento, a não ser por meio de especulações ouvidas, desde que
deixei a Assembleia Legislativa, vez por outra vindas à tona, de saída
da secretária Luíza Oliveira da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e
ser por mim substituída.
5. Ainda a bem da verdade, ressalto que,
apesar de minha admiração e aplauso ao trabalho efetuado pela Sociedade
Maranhense de Direitos Humanos, nunca integrei os seus quadros, mesmo
havendo participado de algumas atividades, aí sim, em parceria com ela,
ao longo do tempo, como cidadã, como membro da Comissão Justiça e Paz da
Arquidiocese de São Luís e/ou como membro das diversas comissões
permanentes da Assembleia, entre elas, a de Direitos Humanos, Segurança
Pública e outras.
É por tudo isso minha surpresa com a matéria em análise.
Quanto ao telefonema havido, entre mim e a governadora, nada mais
comum, entre pessoas civilizadas, do que se cumprimentar alguém de seu
conhecimento - autoridade ou não - ao saber que se encontra, ainda que
de passagem, em sua cidade natal. Não foi além disso o meu contato com a
governadora, aproveitando o telefonema de um amigo que integrava a
comitiva, que, como me disse, delicadamente, na oportunidade, não podia
deixar de me ligar, estando em Barão, numa homenagem a mim e a d.
Marieta. Pedi-lhe, então, que passasse, se possível, o telefone à
governadora.
Continuo sem saber porque tanto enredo com relação
a esse telefonema e a quem pretendia ser dado algum recado. Espero, no
entanto, a compreensão do jornalista Borges, sem melindres, e que seja
feita a devida publicação deste esclarecimento, na próxima edição.
Cordialmente,
Helena Barros Heluy
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