Esta entrevista de Fernando Hadad (PT) está carregada de ensinamentos. Em São Luís, João Castelo (PSDB) utilizará contra Washington Luis o surrado argumento da 'experiência administrativa' e também tentará se ausentar do 'CAMPO ABERTO DE BATALHA'. Caberá ao Washington, com o seu revolucionário PROGRAMA DE GOVERNO PARTICIPATIVO, que são as diretrizes demarcatórias para a vida da cidade, trazer Castelo para o campo aberto da disputa. Castelo, assim como Serra, tentará ficar na chuva sem se molhar.
TRAZER A DISPUTA PARA O CAMPO ABERTO
A entrevista de Fernando Haddad à editora de Política de Carta Maior, Maria Inês Nassif (leia nesta pág.) corrobora o feeling do ex-presidente Lula para identificar quadros capazes de renovar o espectro progressista da política brasileira. A eleição de 2010 foi outro exemplo. As taxas de aprovação do governo Dilma queimam a língua do candidato da derrota conservadora, privando-o do surrado argumento da 'experiência administrativa'.
Para Dilma, porém, o percurso até a preferência do eleitor foi mais direto: era a continuidade de Lula que estava em jogo. Desta vez interessa a Serra manter a disputa municipal no banho-maria de um varejo onde a sua imagem desfruta recall suficiente para aglutinar os 30% de intenções de voto que o Datafolha lhe atribui. Obrigá-lo a sair do abrigo inercial requer mais que um leque dissolvente de pequenas propostas de recorte consensual , que a propaganda tucana cuidará de nivelar. Haddad terá que correr riscos para trazer o adversário ao campo aberto da disputa. E isso requer diretrizes demarcatórias para a vida da cidade.
Enviado por Eri Santos Castro.
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