Uma manifestação de usuários contra as
deficiências do sistema de transporte público de São Luís fechou ontem,
pela terceira vez, o Terminal de Integração do São Cristóvão. O
movimento começou por volta de 6h e só terminou no fim da manhã. Nessas
mais de 5 horas, a Avenida Lourenço Vieira da Silva foi interditada
pelos manifestantes em seus dois sentidos, com pneus incendiados.
Os
usuários reclamaram da demora dos ônibus, dos carros insuficientes para
suprir a demanda de passageiros, do estado de conservação da frota que
serve o terminal e da falta de segurança nos coletivos.
Mais de 30
ônibus ficaram retidos no interior e no entorno do terminal. A tropa de
choque da Polícia Militar esteve no local e dispersou os manifestantes
com sprays de pimenta, cassetetes e tiros com balas de borracha. Cerca
de cinco pessoas foram detidas, e ontem mesmo liberadas.
Segundo os usuários, a demora dos ônibus no Terminal do São Cristóvão em alguns casos chega a uma hora e meia – e acontece principalmente nos horários de maior demanda de passageiros, nas primeiras horas da manhã e à tarde.
Segundo os usuários, a demora dos ônibus no Terminal do São Cristóvão em alguns casos chega a uma hora e meia – e acontece principalmente nos horários de maior demanda de passageiros, nas primeiras horas da manhã e à tarde.
A
operadora de telemarketing – e uma das líderes do movimento de ontem –
Thays Costa, 18 anos, contou que a manifestação começou porque várias
pessoas que estavam na fila, esperando os ônibus chamados de 'apoios',
foram informadas de que eles teriam sido retirados de circulação pelas
empresas.
Thays explicou que os 'apoios', principalmente os que atendem a zona rural, são importantes porque desafogam as filas. 'Os 'apoios' só rodam do seu ponto de origem até o terminal e voltam refazendo o mesmo trajeto; com isso, eles amenizam a situação precária das filas e desafogam um pouco o número de pessoas que precisam embarcar', disse a usuária.
Thays explicou que os 'apoios', principalmente os que atendem a zona rural, são importantes porque desafogam as filas. 'Os 'apoios' só rodam do seu ponto de origem até o terminal e voltam refazendo o mesmo trajeto; com isso, eles amenizam a situação precária das filas e desafogam um pouco o número de pessoas que precisam embarcar', disse a usuária.
A empregada doméstica Lucineide Mendes,
22, relatou que mora na Vila Vitória, mas trabalha na Cohama. Por isso,
necessita pegar três ônibus todos os dias para chegar ao destino final.
Ela disse que precisa sair de casa por volta de 5h30 para poder estar no
trabalho às 8h.
'Já estamos cansados de sermos humilhados,
pisoteados e amassados feito sardinha dentro desses ônibus sujos e
quebrados. Os órgãos competentes não atendem nossas reivindicações e
isso é o que mais nos revolta. Desde 8h30 a PM nos pede calma, diz que o
problema já foi repassado ao secretário municipal de Trânsito e
Transportes, Clodomir Paz. A manhã acabou e ninguém nos deu um
posicionamento. O jeito vai ser endurecer o movimento pra ver se alguém
olha pra gente', declarou Lucineide.
Dois ônibus, das linhas Santa
Clara/Terminal e Janaína/Riod, foram parcialmente depredados pelos
manifestantes, que antes de a PM agir amaçavam incendiar os coletivos.
Algumas pessoas tiveram ferimentos leves durante o confronto com a tropa de choque da PM.
Terceiro protesto – Este foi o terceiro protesto pelo mesmo motivo no terminal do São Cristóvão. Os outros dois ocorreram em 28 de setembro de 2010 e em 22 de março de 2011.
Terceiro protesto – Este foi o terceiro protesto pelo mesmo motivo no terminal do São Cristóvão. Os outros dois ocorreram em 28 de setembro de 2010 e em 22 de março de 2011.
O secretário municipal de Trânsito e
Transportes, Clodomir Paz, colocou a culpa do problema no SET –
sindicato das empresas de transporte de passageiros de São Luís –, que,
segundo ele, teria reduzido a frota dos coletivos por conta própria,
para reduzir custos.
Saiu no Jornal Pequeno.
Enviaado por Eri Santos Castro.
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