A Luta pelo PDT
No último dia 30, participei da reunião do Diretório Nacional do PDT em
Brasília, juntamente com os companheiros Edson Vidigal, Chico Leitoa,
Deoclides Macedo, Hilton Gonçalo, Wagner Lago, Moacir Feitosa, Jô Santos
e outros.
Iniciei minha fala homenageando os companheiros Alceu
Collares (Rio Grande do Sul) e José Maria Rabelo (Minas Gerais) e expus a
causa do Maranhão.
O nosso Partido luta há 31 anos contra a Oligarquia que mais atrasou não só o Maranhão, mas, também, o Brasil.
Ditadura Militar, Sarney Presidente, Collor, Itamar Franco, Fernando
Henrique Cardoso, Lula e, agora, Dilma, o nosso Oligarca-mor sempre no
poder em Brasília e destacando-se como o homem mais poderoso da
República (Acredito que até mais agora do que na sua própria
presidência!).
Perdemos o líder do Partido, aceitei o convite da
maioria da Comissão Provisória deixada por ele, reorganizamos o partido
democraticamente e, agora, estamos enfrentando esta situação insólita, a
da informalidade.
Mencionei a Carta de 06 de dezembro, assinada e
apoiada pelos fundadores (dentre eles Neiva Moreira, Clay Lago,
Reginaldo Telles, Maria Lúcia Telles, Alaíde, Terezinha, Pedro Lago,
Rubem Brito, Sandra Torres e Léo Costa), militantes históricos,
personalidades que exerceram mandatos eletivos ou de confiança no
executivo, a maioria dos presidentes das Comissões Provisórias e
Diretórios Municipais, de dois dos nossos três deputados estaduais, a
qual solicita a prorrogação da Comissão Provisória Estadual e a marcação
da Convenção Estadual. Não exclui ninguém e permite ao partido
continuar os seus trabalhos. Quem quiser disputar a Convenção, que faça a
sua chapa e concorra. Democracia!
Afirmei, também, que se antes o
nosso partido era vítima das calúnias e infâmias de nossos tradicionais
adversários, agora é vítima de colocações e atitudes irresponsáveis de
alguns membros de nosso próprio partido.
Finalizei dizendo que não
se trata de uma questão pessoal, mas, sim, de visão democrática baseada
na boa prática partidária. Cedo o lugar do meu nome(que substituiu o
nome de Jackson Lago) a qualquer membro fundador do partido e, caso haja
o “canetaço” da Comissão da Executiva Nacional, não terei outra
alternativa à de seguir o artigo 88 do Estatuto, que nos orienta
recorrer para que a decisão seja referendada por toda a Executiva
Nacional e, se esta for mantida, recorrer ao Diretório Nacional. Assim,
teremos a idéia se o nosso partido segue os princípios da Democracia ou
se esta palavra apenas serve de adereço ao seu nome e sigla.
Após a
minha fala, recebi palavras de solidariedade e estímulo de companheiros e
companheiras de vários estados que torcem por nossa luta. Alguns,
incrédulos, com o que está acontecendo ao partido de Jackson Lago e
Neiva Moreira!
Participamos da missa em homenagem aos 90 anos de
Brizola e, depois, da reunião com o presidente Carlos Lupi e o
secretário geral Manoel Dias. Aproveito para elogiar a bravura e sábia
intervenção de todos os nossos companheiros citados acima. Infelizmente,
a reunião não terminou com uma decisão.
Completamos, hoje, 2 meses
de informalidade, o que me faz lamentar por toda a nossa história e
luta. Peço juízo, altivez e visão de partido na decisão da Executiva
Nacional.
O importante é que estamos de cabeça erguida, cumprindo
com o nosso dever e que seguiremos em frente em busca de melhores
destinos para o nosso partido e, assim, contribuir para a luta de nosso
povo. Não estamos fazendo a política minúscula, da mentira, dos
factóides, do dinheirinho à mídia para inventar calúnias e espalhar
difamações. Não apelamos à violência, pois esta é contrária à nossa
própria essência de ser.
O PDT somente sobreviverá se persistir no
caminho de Brizola, Darcy Ribeiro, Doutel de Andrade, Francisco Julião,
Jackson Lago e seus fundadores. Caso se afaste do mesmo, será mais uma
sigla de negociatas a se perder no descrédito de nosso povo.
Saudações Trabalhistas!
Igor Lago.
Ribeirão Preto, 02 de fevereiro de 2012.
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